Opinião

Tranquilos e acostumados?

 

 

 

Estamos todos “tranquilos” e “acostumados”? Esta é uma pergunta intrigante. Há, sem dúvida, um clima de “normalidade” e até de “tranquilidade” por parte significativa da população quanto a Covid-19. Para quem não teve a doença ou não perdeu um ente querido muito próximo, parece que a pandemia acabou. Basta olhar o movimento nas ruas, nos clubes sociais, nos shoppings… Até o uso da máscara já não é tão observado como antes. Em Cascavel, por exemplo, basta dar uma “passeada” pelo Lago Municipal no fim de tarde ou no final de semana e observar o comportamento geral. Parece tudo “normal”.

Entretanto, o Observatório Covid-19 Fiocruz alertou esta semana que, embora o Brasil registre atualmente queda nos principais indicadores da doença, em função da campanha de imunização, a pandemia ainda não acabou. Assim como no fim do ano passado surgiu a Delta, a descoberta da nova variante, Ômicron, representa um alerta sobre a pandemia e os cuidados necessários durante as festas de fim de ano. Por isso, o Observatório diz que é fundamental avançar na vacinação e manter as medidas adicionais de proteção.

Afinal, “acostumar-se” com o problema, de certa forma, traz “tranquilidade” e gera um relaxamento geral que precisa ser combatido para que, num futuro muito próximo, uma nova conta alta não seja cobrada. Importante lembrar também que as “festas de fim de ano” requerem os mesmos (ou maiores) cuidados. E, com esse objetivo, o observatório lançou uma nova cartilha, que engloba um conjunto de orientações sobre formas mais seguras de passar o natal e o réveillon e diminuir os riscos de transmissão da Covid-19 no período. As recomendações contidas na cartilha também serão divulgadas em formato de cards informativos para compartilhamento pelo WhatsApp e outras redes sociais, bem como por uma enquete nas redes, que simula um jogo para a pessoa que deseja ir a um encontro de fim de ano da maneira mais segura possível.

E a mensagem principal continua sendo a vacinação como forma mais importante de proteção. E como não é possível saber se todos os que estarão presentes nos encontros e eventos de fim de ano foram vacinados, se são do grupo de risco, ou mais vulneráveis, como os idosos, ou se há crianças na família que ainda não se vacinaram, aglomerações exageradas precisam ser evitadas. Aliás, toda foram de exagero é sempre um risco. Lembre-se: a pandemia não acabou! Não seja o próximo paciente!