Agronegócio

Produtores aproveitam tempo seco para colher milho; Unidade de Pérola recebe primeira carga

Outras unidades em Pranchita e Capanema já vem recebendo cargas da colheita de milho há alguns dias

Produtores têm bons resultados, apesar de estiagem durante ciclo do milho - Foto: Assessoria
Produtores têm bons resultados, apesar de estiagem durante ciclo do milho - Foto: Assessoria

Com a baixa umidade na região sudoeste, os agricultores aproveitam para iniciar a colheita de milho. As máquinas estão a todo vapor na região e os trabalhos serão intensificados a partir de agora. A primeira carga da safra de milho da Unidade da Copacol em Pérola do Oeste foi recebida para armazenagem e comercialização. A área colhida pertence ao produtor Giovani Dallabrida. Outras unidades em Pranchita e Capanema já vem recebendo cargas da colheita de milho há alguns dias.

Embora a colheita esteja ainda na fase inicial, a região sudoeste tem uma expectativa mais positiva quanto a produtividade do milho – diferentemente do oeste do estado que enfrentou estiagem severa durante o ciclo importante da cultura. “Ainda estamos no início da colheita. A falta de chuva deve ter afetado entre 10% e 25% a produção. Mas tudo depende muito da área, pois há propriedades que tiveram chuvas mais regulares e terão melhores resultados”, diz o engenheiro agrônomo Copacol, Tiago Lurian Cervinski.

Os produtores que recorreram a alternativas de manejo tendem a obter uma colheita mais satisfatória. “As técnicas de manejo, a variedade escolhida e a época de plantio influenciam muito. Por isso, teremos casos de áreas que vão ter uma produção de até 300 sacas. Porém, a média deve ficar entre 240 e 270 sacas”, relata Cervinski.

O último relatório da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná apontou que 3% das lavouras foram colhidas. Das áreas plantadas, 28% estão em maturação, 55% em frutificação e 17% em floração. Em relação a qualidade, 42% estão em boas condições, 41% em condições médias e 17% em condições ruins. Com isso, a estimativa de produção do Paraná teve redução de 1 milhão de tonelada diante das 12,9 milhões projetadas no início da safra.


PLANO SAFRA 2020/2021

Para as próximas safras os produtores terão R$ 286,3 bilhões para produção e comercialização – R$ 13,5 bilhões a mais que no ano anterior. O Plano Safra 2020/2021 é considerado o maior da história. São R$ 1,3 bilhão para Seguro Rural; R$ 2,37 bilhões para apoio à comercialização.

O presidente da Copacol, Valter Pitol, enaltece a participação das cooperativas na formação do Plano Safra que apresenta juros menores ao produtor. “Houve aumento de recursos e todas as atividades precisam de incentivo para custeio e investimento. A avaliação é positiva pela redução de pelo menos 1% em juros nas linhas ofertadas. O governo, após trabalho forte das cooperativas do Paraná, entre elas a Copacol, a Ocepar [Organização das Cooperativas do Estado do Paraná] e a OCB [Organização das Cooperativas Brasileiras], entendeu que precisaria aumentar os recursos para viabilizar os negócios no campo”.

O Pronaf terá R$ 33 bilhões, aumento de 5,7% em comparação ao ano passado, com juros entre 2,75% e 4%, sendo R$ 19,4 bilhões para custeio e R$ 13,6 bilhões investimento; Pronamp 5% em juros, com R$ 33,2 bilhões, aumento de 25% em recursos disponíveis na comparação 2019/2020, sendo R$ 29,4 bilhões para custeio e R$ 3,8 bilhões para investimento. As demais linhas terão R$ 170 bilhões para crédito.

UNIDADES SUDOESTE

O sudoeste paranaense conta agora com cinco unidades da Copacol. A mais recente incorporação fica em Planalto, onde a cooperativa adquiriu a estrutura da Cerealista Irmãos Bocchi. Já no fim do ano passado a Copacol fez uma parceria com a Cerealista Rech. Além da sede, em Pranchita, outras três unidades de comercialização de insumos agrícolas foram incorporadas: Conciolândia (que pertence a Pérola), Capanema e Pérola do Oeste.

Fonte: Assessoria