Cotidiano

LED: Cascavel mais moderna, mais iluminada e econômica

Conjunto entregues pelas empresas são completamente desmontados e conferidos

LED: Cascavel mais moderna, mais iluminada e econômica

 

Cascavel – Ter uma cidade mais clara e melhor iluminada é bom, aliás, muito bom! Talvez você não perceba, mas todas vezes a luz dos postes nas ruas e avenidas acende, é você quem paga a conta. E é por isso mesmo que cada cidadão precisa observar (e cobrar quando for o caso) o que vem sendo feito na iluminação pública de Cascavel.

Nos últimos meses (e anos), as ruas estão ganhando uma iluminação mais moderna, com a troca de lâmpadas de “vapor de sódio”, comumente utilizadas no serviço púbico, pelas LED, uma tendência que ocorre nas residências, empresas e que também está se consolidando na esfera pública municipal. A Prefeitura de Cascavel que pretende alcançar os 38 mil pontos da cidade com a iluminação de LED.

Para saber como a “nova iluminação” está avançando, o Jornal O Paraná, conversou com o secretário municipal de Serviços e Obras Públicas, Sandro Camilo Rocha Rancy, que explicou de forma detalhada como ocorre a transição das tecnologias. Segundo ele, a projeção é a nova tecnologia responda por 60% da iluminação pública de Cascavel em 2022 e que chegue a 100% nos próximos cinco anos.

 

TIP e CIP

A TIP (Taxa de Iluminação Pública) que é cobrada mensalmente de todo contribuinte junto com a fatura da energia elétrica, vai para a CIP (Conta de Iluminação Pública) e é dessa conta que sai o dinheiro para o pagamento da energia elétrica da cidade, manutenção dos serviços e a compra de novos equipamentos. “O cidadão deve lembrar que ele não paga pelo o poste na frente da sua casa, mas pela iluminação de toda a cidade, visto que todos transitam por todos os lugares e, é por isso, que nós como Poder Público, temos que pensar em ações para o todo”, observou Sandro Rancy.

 

Mudança

As mudanças na iluminação pública de Cascavel ganharam discussão mais intensa ainda no primeiro mandato do prefeito Leonaldo Paranhos que enfrentou muitos problemas e relação por conta da qualidade das lâmpadas que eram utilizadas pela Prefeitura

O novo modelo da iluminação pública de Cascavel começou a ser pensado em 2018, quando os servidores da Sesop iniciaram estudos sobre modelos de luminárias, novas tecnologias e o que tinha de melhor no mercado, com maior durabilidade e eficiência. “Pensamos sempre em fazer a compra de um modelo que pudesse acoplar mais dispositivos tecnológicos, que possam receber futuramente câmeras de segurança e sensor de temperatura, entre outros”, salientou o secretário.

Outro detalhe bastante importante, segundo o secretário, foi a escolha da cor das lâmpadas e da potência, já que a iluminação deve ser diferente atendendo as características de cada local, ou seja, em vias em que a circulação é maior, como as avenidas e os binários, a iluminação deve ser mais forte. Já nas ruas com menor movimento, devem ser mais amenas. Por isso, duas escolhas foram feitas, as lâmpadas neutras e mais potentes para as ruas com maior movimento e as lâmpadas amarelas, conhecidas também como “quentes”, para o restante.

No ano de 2019 foi publicada a portaria nº 20, do Inmetro que trouxe uma série de especificações e de características para os municípios seguirem e, com isso em mãos, o Município fez a sua primeira compra de 800 luminárias, que foram instaladas nas Avenidas Tito Muffato e Tancredo Neves e em algumas das principais ruas da cidade, como a Jorge Lacerda e a Ipanema.

Em seguida ocorreu a segunda compra que já foi maior, um total de 8.109 luminárias que substituíram os super postes das avenidas e foram também colocadas nos binários. “A decisão de tirar o super postes foi uma tentativa de economizar porque passamos de 400 para 185 watts e buscamos reduzir a conta”, detalhou Sandro Rancy.

Todas essas, já estas luminárias instaladas na cidade que hoje conta com cinco equipes e de sete caminhões para fazer todo trabalho de troca, instalação e manutenção da iluminação pública. Com a colocação das novas luminárias, somente na Avenida Tancredo Neves, a economia foi de cerca de 56%.

 

Novos processos

Atualmente existem mais dois processos de licitação em andamento para a compra de dois novos lotes de conjunto de luminárias de LED: um processo de 10.195 para o término de colocação nos binários e ruas de maior fluxo, e outro de 3.200 para contemplar as sedes dos distritos e deixar um estoque de pelo menos 500 conjuntos para quando for necessário ser feita trocas e manutenção.

Para Sandro, é importante ter uma quantidade em estoque. “Quando um poste apaga tem diversos fatores que temos que analisar e descobrir aonde deu o problema. Por isso, temos que ter conjuntos em estoque para poder repor e consertar aqueles que venham a dar problemas, por eventos adversos, entre eles, os eventos naturais como a chuva”, explicou.

Também existe ainda um estoque bom de conjuntos de luminárias tradicionais, que estarão sendo utilizados até todas sejam trocadas por LED.

 

Novo mapeamento

Aproveitando a troca das luminárias e o levantamento para compras futuras e investimentos, a Sesop (Secretaria Municipal de Serviços e Obras Públicas) está fazendo o seu próprio cadastro e com o mapeando das ruas e a localização exata dos postes, separando em cores que identificam a potência de cada conjunto de luminárias. Para Sandro, esse é um trabalho em longo prazo, mas que só dessa forma vão saber se a quantidade de pontos repassados pela Copel “é fiel” e, além disso, terão um mapeamento municipal que é importante para novos projetos. Em 1998, a Copel passou a todos municípios a responsabilidade da iluminação pública e um banco de dados da própria companhia.

Conforme Sandro Rancy, o mapeamento é importante, já que por meio dele é que poderão ter as localizações exatas e acompanhar o crescimento da cidade, principalmente em relação a implantação de novos loteamentos. Aliás, lembrou o secretário, “todos os novos tem que implantar o sistema de iluminação pública com as luminárias de LED”.

Os próximos passos e estudos diante da iluminação pública estão agora concentrados em um formato de uma PPP (Parceria Político Privada) para o setor. Ainda não se sabe o formato em que será adotado, porém, já está em estudo e é uma vontade de atual administração.

 

Queimou! E agora?

No futuro, disse o secretário, a Sesop vai implantar um serviço para identificação automática das lâmpadas que não estejam funcionando, mas que isso só pode ocorrer depois que mais de 80% da rede receba a nova iluminação em LED. Até lá, quem identificar uma “lâmpada queimada” deve informar o serviço Ouvindo Cidadão, pelo telefone 156.

“Trabalhamos para fazer a troca o mais rápido possível, mas a equipe só vai até uma determinada região quando existem vários pedidos próximos, não deslocamos uma equipe que tem um custo alto para trocas únicas. Temos esse cuidado”, disse ele.

 

Compra tem análise minuciosa

Toda e qualquer compra que é feita para iluminação pública passa pela a análise do engenheiro eletricista da Sesop, que recebe uma amostra do conjunto, desmonta e confere, item por item, que foi apresentado pela a empresa. “Na primeira licitação que fizemos desclassificamos oito empresas devido a conferência dos itens que não correspondiam”, relembrou, reforçando que é dessa forma que eles buscam reduzir ao máximo os problemas futuros e ter certeza da qualidade dos produtos comprados, mesmo que todos tenham selo do Inmetro.

As lâmpadas de LED têm um tempo de vida útil maior do que as comuns, podendo chegar até 15 anos, dependendo do fabricante. Outra característica positiva é que os conjuntos agregam as novas tecnologias, como é o caso da instalação de medidores. Conforme Sandro Rancy, em algumas avenidas da cidade como a Tancredo Neves, Ítelo Weber, Toledo e a própria Brasil, têm alguns trechos com esta nova tecnologia e ali, eles conseguem saber exatamente o custo da iluminação, o que também será feito em toda

cidade de forma gradativa.