O ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB) foi preso nesta terça-feira (11) em Curitiba. Ele é candidato ao Senado. Sua esposa, Fernanda Richa, e Deonilson Roldo, que é ex-chefe de gabinete do ex-governador, também foram presos.
As três prisões são temporárias, com validade de cinco dias. Os mandados de prisão foram cumpridos pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).
Nesta manhã foi deflagrada a 53ª fase da Operação Lava Jato que cumpre três mandados de prisão em Curitiba.
Batizada de "Piloto", a 53ª etapa da Lava Jato cumpre 36 mandados judiciais em Salvador (BA), São Paulo (SP), Lupianópolis (PR) Colombo (PR) e Curitiba (PR).
De acordo com a Polícia Federal (PF), o objetivo da investigação é a apuração de suposto pagamento milionário de vantagem indevida no ano de 2014, pelo Setor de Operações Estruturadas do Grupo Odebrecht.
Acompanhe a entrevista coletiva sobre o caso:
Segundo o MP, são no total 15 mandados de prisão temporária e 26 mandados de busca e apreensão em Curitiba, Londrina, Santo Antônio do Sudoeste e Nova Prata do Iguaçu. Entre os presos, estão:
Fernanda Richa – esposa de Beto Richa e ex-secretária da Família e Desenvolvimento Social
Deonilson Roldo – ex-chefe de gabinete do ex-governador
Pepe Richa – irmão de Beto Richa e ex-secretário de Infraestrutura
Ezequias Moreira – ex-secretário de cerimonial de Beto Richa
Luiz Abib Antoun – primo do ex-governador
As buscas são dirigidas a 16 residências, quatro escritórios, um escritório político, quatro empresas e à sede do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná. As medidas, determinadas pelo Juízo da 13ª Vara Criminal de Curitiba, visam investigar o programa Patrulha do Campo, do Governo do Estado do Paraná, no período 2012 a 2014, apurando-se indícios de direcionamento de licitação para beneficiar empresários e pagamento de propina a agentes públicos, além de lavagem de dinheiro e obstrução da Justiça.