Cotidiano

Comércio registra primeiro crescimento real após a crise

Curitiba – As vendas do comércio varejista no Estado do Paraná seguiram a trajetória ascendente, com alta de 6,56% no acumulado até novembro de 2018, em comparação ao mesmo período de 2017. Os dados são da Pesquisa Conjuntural da Fecomércio PR (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná).

O resultado permite vislumbrar uma prévia otimista para o fechamento de 2018, sobretudo com o considerável acréscimo nas vendas por causa do Natal e das festas de fim de ano. Esse deverá ser o primeiro ano de crescimento efetivo no varejo, depois de duas reduções sequenciais, em 2015 (-8,79%) e 2016 (-3,08%), e de um tímido aumento de 0,54% em 2017.

A elevação mais expressiva no acumulado de janeiro a novembro ocorreu nas concessionárias de veículos, que registram aumento de 30,26%. As lojas de materiais de construção também tiveram alta nas vendas, com 13,26%, bem como as lojas de departamentos (7,69%), autopeças (7,05%), óticas, cine-foto-som (5,23%) e supermercados (2,03%).

Verifica-se que os setores com melhores resultados são os que tiveram as maiores perdas nos anos anteriores. Enquanto setores que comercializam produtos de menor valor agregado, a exemplo das lojas de vestuário e tecidos (-8,08%), calçados (-7,55%) e livrarias e papelaria (-5,7%), que vinham mantendo ritmo de vendas estável, passaram a sofrer com o agravamento das crises política e econômica, que forçaram o consumidor a criar novos hábitos de consumo, com redução de gastos não essenciais.

Na comparação com novembro de 2017, o comércio do Estado teve alta de 6,81%, com destaque para as lojas departamentos (29,5%) e óticas, cine-foto-som (34,88%). Já em relação a outubro, o varejo apresentou alta de 5,33%.

A pesquisa também mostra que a última Black Friday exerceu influência positiva no movimento das lojas de departamentos e de móveis, decorações e utilidades domésticas, que cresceram 34,07% e 28,87%, respectivamente.

Análise regional

Com elevação de 13,77% nas vendas, o varejo da região oeste acumulava a maior expansão entre as regiões analisadas, seguida por Londrina, com 11,66%. Curitiba e Região Metropolitana registrou crescimento de 4,01% e, Maringá, de 1,76%. As vendas do comércio na região de Ponta Grossa apresentavam ligeira alta de 0,72%, enquanto o sudoeste marcava queda de 3,82%.

Produção de bicicletas aumenta 15,9% no Brasil

São Paulo – As fabricantes de bicicletas produziram 773.641 unidades em 2018, volume 15,9% superior ao de 2017 (667.363 unidades), de acordo com dados da Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares), divulgados ontem (14) em São Paulo.

Em dezembro, foram produzidas 21.857 unidades, volume equivalente ao do mesmo período de 2017 (21.879 unidades). Na comparação com novembro de 2018 (83.726 unidades), houve queda de 73,9%.

Segundo o vice-presidente do Segmento de Bicicletas da Abraciclo, Cyro Gazola, a retomada nos negócios, após quatro anos em declínio, foi impulsionada pela maior oferta de produtos, preços mais competitivos e expansão da mobilidade urbana.

“Isso mostra com clareza o impacto positivo da ampliação das redes de ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas nas cidades brasileiras”, disse. Ele ainda atribui ao desempenho positivo a uma redução do índice de inadimplência dos consumidores, aliada ao aumento da oferta de crédito pelas instituições financeiras.

Os volumes de bicicletas produzidos no Polo Industrial de Manaus (PIM) em 2018 foram distribuídos para comercialização para as seguintes regiões do País: Sudeste, com 55,4% das unidades; Sul, 19,5%; Nordeste, 14,7%; Centro-Oeste, 5,8%; e Norte, 4,6%.

De acordo com a Abraciclo, a produção de bicicletas deve ter um aumento de 10,8% em 2019, chegando a 857 mil unidades.