Cascavel – Um caso confirmado de cachorro com raiva no Bairro Parque São Paulo mobilizou a equipe da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) de Cascavel que trabalhou durante todo o final de semana para conseguir vacinar os animais que ficam em um raio de 500 metros da casa em que o caso foi confirmado, um cachorro de estimação que foi contaminado por um morcego. De sexta-feira (13) até ontem (16), um total de 616 animais foram vacinados sendo 473 cães e 143 gatos.
De acordo com o secretário municipal de saúde, Miroslau Bailak, como a ação ocorreu durante um feriado prolongado, muitos moradores não estavam em casa e, por isso, é importante que façam o agendamento solicitando a vacinação para os ‘pets’ que não tomaram nenhuma dose, para não deixar o vírus se espalhar pelo bairro, uma vez que é uma doença transmissível para o ser humano e que não tem cura. “Aqueles que estavam viajando pedimos que entrem em contato conosco”, reforçou o secretário.
Nos imóveis que foram visitados e estavam vazios, foi deixado recado para as famílias entrarem em contato com a Secretaria de Saúde. Este é o primeiro caso de cachorro com raiva registrado na cidade, sendo que o animal estava vacinado. Depois de apresentar os sintomas, o animal foi levado a uma clínica veterinária que acionou a Vigilância em Saúde Ambiental, que inclui o setor de Controle de Zoonozes. Na sequência, as equipes do Setor de Zoonozes e da 10ª Regional de Saúde realizaram ações no entorno onde o animal vivia. Juntamente com a vacinação, os donos foram orientados sobre sintomas e como proceder em caso de suspeitas.
O caso foi confirmado por meio de exame do Lacen (Laboratório Central) após o procedimento de eutanásia do animal. Além disso, as pessoas que tiveram contato com este cachorro estão recebendo a atenção necessária e passaram por consulta para avaliação médica. A raiva canina e felina que é transmitida pela variante furiosa sendo que no Paraná desde 2005 tem o status de controlada para raiva canina.
Cobertura completa
O secretário de Saúde reforçou que o caso ocorreu com um animal preso e de estimação. Segundo ele, o animal contaminado não teve contato com qualquer outro tipo de animal ou qualquer outro ser humano que não fosse o seu dono. Ele detalhou que, segundo o que foi apurado pela equipe, cerca de 30 dias antes teve um morcego no terreno e o animal foi encontrado sem a cabeça, o que indica que provavelmente o cão atacou o morcego, o que ocasionou a contaminação que fez com que ele se contaminasse. Bailak explicou que a maior concentração do vírus é no cérebro.
“Estamos tratando como um caso bem pontual, bem definido. E o que a vigilância epidemiológica, tanto do município, quando toda a equipe da Secretaria do Estado da Saúde fez, foi o trabalho correto de fazer uma cobertura vacinal em torno de uma área segura onde vivia este animal, para que eventualmente não tivesse a possibilidade de ter escapado qualquer coisa nesse sentido. Mas, tudo leva a crer que não há problemas e nenhum motivo de preocupação à nossa população”, reforçou.
Foto: Reprodução/Secom