Rio de Janeiro – Há três meses uma notícia transformaria por completo o planejamento do esporte olímpico brasileiro: o adiamento dos Jogos de Tóquio para 2021. Desde então, o COB (Comitê Olímpico do Brasil) passou a atuar em diversas frentes. Uma delas foi desenvolver o Guia para a Prática de Esportes Olímpicos no Cenário da Covid-19, uma publicação de cerca de 200 páginas, dividida em 15 volumes.
Trata-se de um documento de referência produzido por médicos, treinadores e consultores, seguindo as determinações da Organização Mundial de Saúde e do governo brasileiro, que toma como parâmetro também casos exitosos de entidades esportivas internacionais.
Seu conteúdo detalha a retomada gradual das atividades no CT Time Brasil em cinco etapas, quando houver liberação dos órgãos de saúde pública. “Precisaremos nos adequar às novas normas de convívio social e profissional, administrando quaisquer riscos. Ainda que a pandemia venha a ser controlada, o retorno às atividades será progressivo, exigindo procedimentos rígidos de controle e segurança”, explica o Diretor de Esportes do COB, Jorge Bichara.
Missão Europa
Já a ação mais recente divulgada é a Missão Europa, prevista para ocorrer de julho a dezembro deste ano. A delegação contará com pelo menos 207 atletas, de 15 modalidades, classificados ou com potencial de classificação para os Jogos de Tóquio em quatro bases de treinos em Portugal: Rio Maior, Coimbra, Cascais e Sangalhos. “Colocar esta operação em prática exige muito trabalho de nossa equipe, mas está longe de ser o maior desafio no momento. Reorganizar a preparação para os Jogos de Tóquio na conjuntura atual, com poucas resoluções sobre a agenda de competições e a rotina de treinamentos, e retomar o nível físico e técnico dos atletas, sem lesões e emocionalmente fortalecidos, são questões ainda mais desafiadoras”, reconhece Bichara.