O MEC (Ministério da Educação) e o INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) divulgaram recentemente os resultados referentes à primeira etapa do Censo Escolar 2023. Na ocasião, uma das preocupações apontadas pelo ministro Camilo Santana foi em relação à evasão e abandono escolar. Apesar de os maiores índices estarem concentrados no Ensino Médio e da queda apresentada entre 2022 e 2023, esta também segue sendo uma preocupação da Rede Municipal de Educação, que mantém com ritmo acelerado o Programa de Prevenção e Combate à Evasão Escolar.
Além do trabalho de busca ativa, os servidores do Programa de Prevenção e Combate à Evasão Escolar de Cascavel participam ativamente de reuniões promovidas pelas unidades escolares, para levar informação e conscientização às famílias dos alunos. As palestras, que já eram realizadas em 2023, foram retomadas no último dia 15 de fevereiro e a semana passada foi de agenda cheia para a equipe. A primeira escola visitada foi a Escola Romilda (15), seguida do Cmei Cecília Rios (19), Escolas Nicanor e Ana Neri (21), no dia seguinte novamente na Escola Nicanor (21) e a semana de visitas encerrou na Escola José Bonifácio (23), no Distrito de Rio do Salto.
Segundo a coordenadora do programa, Ana Letícia Milani, a iniciativa de ir até as famílias surgiu da intenção de trabalhar o tema Evasão Escolar baseado em um trabalho de aproximação entre família e escola. “Nos encontros nós buscamos esclarecer os papeis sociais da família e da escola, falamos sobre a importância do acompanhamento dos pais e responsáveis no processo de desenvolvimento pessoal e cognitivo das crianças, destacando a importância de ambos, família e escola no ingresso e na permanência das crianças no ambiente escolar”.
A Escola Nicanor Silveira Schumacher, na Neva, recebeu a equipe em dois momentos na última semana, na intenção de alcançar o maior número possível de famílias. Para a diretora Cristiane Nojehovsi Karpinski, a ação se faz mais que necessária, tendo em vista que a evasão escolar é um problema social crescente e complexo, que compromete diretamente o desenvolvimento da educação. “A escola precisa ser um lugar onde as famílias encontram apoio e atenção, e a presença da equipe do Programa de Evasão Escolar do município durante as reuniões e assembleias de pais é de suma importância, pois é através destas falas que podemos conscientizar as famílias a contribuir com a assiduidade dos alunos que estão obrigatoriamente em idade escolar”.
E a comunidade escolar também entende a importância das reuniões. A mãe de aluno da Escola Nicanor, Rafaella Piano, esteve presente em um dos encontros e enalteceu a ação. “A gente sabe que existem casos de famílias que enfrentam inúmeros problemas, tem famílias que enfrentam problemas com drogas, por exemplo, e as crianças acabam sendo afetadas nisso tudo. E eu entendo que é muito necessária a presença das crianças na escola, pois a vivência na escola influencia não somente o aprendizado, mas tem toda a questão social também. E é muito importante trazer essas informações também para os pais, para inibir essas faltas na escola”.
As palestras da equipe do Programa de Prevenção e Combate à Evasão Escolar são ministradas geralmente nos dias em que a unidade escolar realiza a Assembleia de Pais e os agendamentos acontecem ao longo de todo o ano, conforme solicitação da própria unidade escolar, ou direcionada a unidades escolares que apresentem altos índices de abandono ou evasão escolar. O principal objetivo é conscientizar a população para reduzir ao máximo o número de faltas, principalmente aquelas motivadas por negligência ou omissão da família, e incentivar a frequência, de modo que as ações de recomposição da aprendizagem e o trabalho de redução das desigualdades na aprendizagem tenham ainda mais êxito.
Além da presença nas reuniões de pais, o Programa de Prevenção e Combate à Evasão Escolar trabalha em parceria com as instituições de ensino, baseado no recebimento de casos de crianças que se encontram em situação de frequência escolar irregular. A partir do recebimento destes casos é iniciada a busca ativa às famílias. Se necessário, são realizadas de visitas domiciliares e demais encaminhamentos (ao serviços da Rede de Proteção Social, como o Conselho Tutelar, por exemplo.
Atualmente a equipe que realiza este trabalho é formada pela coordenadora Ana Letícia, que é pedagoga, mais três técnicos pedagogos e um assistente social.
Fonte: Secom
