Economia

Bolsonaro diz que, em 15 dias, decide sobre redução de jornada e salário

Bolsonaro levou representantes da categoria a uma reunião nessa quarta-feira

Agência do Trabalhador.
Curitiba, 16/01/2015.
Foto: José Fernando Ogura/ANPr
Agência do Trabalhador. Curitiba, 16/01/2015. Foto: José Fernando Ogura/ANPr

Brasília – O presidente Jair Bolsonaro prometeu responder, em até 15 dias, se o governo tem condições ou não de ajudar novamente o setor de bares e restaurantes, que enfrenta os efeitos do recrudescimento da pandemia de covid-19.

Bolsonaro levou representantes da categoria a uma reunião nessa quarta-feira (27) com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e saiu de lá com uma lista de pedidos que incluem adiar o início dos pagamentos de empréstimos subsidiados concedidos em 2020 e retomar a permissão para que empresas reduzam salário e jornada ou suspendam contratos de trabalhadores.

O presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes, Paulo Solmucci, pediu a prorrogação da carência para pagar empréstimos do Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte) e a prorrogação para que empresas possam reduzir a jornada e os salários dos funcionários, além de ajuda para empresas em relação ao Simples Nacional, regime de tributação especial.

“Vamos estudar nos próximos dias o impacto fiscal e a resposta (será) em duas semanas no máximo. No máximo. Da minha parte, tudo que eu procuro fazer é para resposta imediata. Sim ou não, mas imediata”, declarou Bolsonaro depois do encontro.

O programa de redução de jornada e salário foi anunciado em abril do ano passado como medida para evitar um aumento ainda maior do desemprego diante da pandemia do novo coronavírus, que provocou restrições no funcionamento ou mesmo o fechamento de parte do comércio e da indústria.

Como contrapartida, o governo banca um benefício para quem teve o salário reduzido ou o contrato suspenso até o limite do seguro-desemprego (R$ 1.813). Foram pagos R$ 33,5 bilhões a 9,8 milhões de trabalhadores. O custo total do programa, no entanto, era estimado em R$ 51,6 bilhões.