Uma luta antiga da comunidade do Bairro 14 de Novembro começará a ser resolvida a partir desta segunda-feira (18) com a instalação do canteiro de obras. Nesta semana foi assinada a ordem de serviço para a execução dos serviços de alargamento da Rua Souza Naves, que compreende o trecho entre a BR-277 e a Rua General Emílio Lúcio Esteves, com uma nova ponte sobre o Rio Quati.
O local é conhecido por alagar em dias de chuva o que impossibilita o tráfego de veículos no local, que não conseguem nem entrar e nem sair do bairro, já que a água passa por cima da ponte e impede o trânsito no local. Para resolver o problema, um projeto foi executado pela Sesop (Secretaria Municipal de Serviços e Obras Públicas) em parceira com o IPC (Instituto de Planejamento de Cascavel).
A LPN (Licitação Pública Nacional) foi realizada em agosto para executar a obra de acesso de drenagem, pelo valor de R$ 6,7 milhões – valor máximo da licitação – com uma verba do Banco Internacional do Fonplata. A empresa Hansen Bellei & Mello Ltda, da cidade de Corbélia, foi a vencedora e desde então seguiu os trâmites para a apresentação das planilhas, homologação e agora com a assinatura do contrato poderá iniciar a obra.
Para evitar que a água passe em cima, a obra contempla uma nova ponte que terá que ser elevada em comparação à atual, em cerca de quatro metros. Além da nova ponte, a Rua Souza Naves Sul será alargada até a Rua General Emílio Lúcio Esteves e terá uma ligação com a Rua Elio Willy Fauth, que tem projeto para se transformar em um binário.
Serão duas pistas no sentido bairro-centro e outras duas no sentido inverso e a obra compreende ainda ciclovia, iluminação em LED, calçadas em paver e drenagem. Assim que iniciar, o prazo de conclusão é de 180 dias, caso transcorra dentro do planejado.
A obra
De acordo com o secretário municipal de Serviços e Obras Públicas, Sandro Rocha Rancy, o problema é que tem apenas um ponto de captação e com a chuva forte ele capta toda a água que acaba saindo pelo córrego do Rio Quati. Por isso, o bueiro que já existe será demolido e construída a ponte que vai erguer as duas cabeceiras da rua, criando uma área de passagem de aproximadamente 40 m² para que a vazão de chuva possa passar em baixo da estrutura sem causar alagamento sobre a faixa de rolamento.
Para isso, o projeto será executado em duas etapas, mas neste início não será necessário fechar a via. “A comunidade do 14 de Novembro não precisa ficar preocupada, não vamos fechar a rua. Inicialmente, vamos executar as vigas de concreto naquela rua ao lado do córrego. Vamos fechar parcialmente essa rua, utilizando os espaços próximos ao córrego, e executar as 22 vigas de concreto”, afirmou Rancy.
No entanto, a partir de janeiro haverá necessidade de fechamento, mas, antes disso, a comunidade será informada e as rotas alternativas serão anunciadas. As rotas e a organização serão feitas em parceria da Sesop, Transitar e a empresa para que o impacto seja o menor possível para os motoristas.
A intenção é de deixar um acesso provisório e, além disso, será solicitado à PRF (Polícia Rodoviária Federal) para naquele trecho da marginal, da BR-277, entre o Guarujá e o 14 de Novembro, que seja mão-dupla a pista para que tanto os moradores do Guarujá, quanto do 14 de novembro, possam sair pela trincheira da Rua do Cowboy.