Cotidiano

Sindicato tenta impedir circulação de ônibus do transporte coletivo

Paralisações promovidas pelo Sinttracovel ocorrem desde o mês de novembro

Cascavel – Na segunda-feira (21), pela manhã, o Sinttracovel (Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo de Cascavel), tentou impedir a saída de alguns ônibus das garagens por conta do início da circulação de veículos convencionais que aceitam somente pagamento por meio de cartão, até que, com a presença da Polícia Militar, os carros foram liberados.

Até a semana passada, apenas os “micrões” recebiam a passagem pela forma eletrônica. Mas de acordo com o presidente do sindicato, Nelson Mendes de Borba, ainda na tarde de segunda, três veículos convencionais da empresa Capital do Oeste se encontravam retidos.

Paralisações na frota promovidas pelo sindicato ocorrem desde o mês de novembro, quando iniciaram discussões em torno dos “micrões” e da aprovação de lei que implantava bilhetagem eletrônica em 100% da frota.

O Sinttracovel diz que pela sentença da 4ª Vara do Tribunal do Trabalho, datada de maio, ou seja, após a aprovação da lei, somente os micrões, que correspondem a 20% do total da frota, poderiam aceitar pagamento de tarifa unicamente por cartão.

“A decisão está valendo”, diz Nelson.

Questionado sobre a reivindicação do sindicato, Nelson diz que a tarifa deveria ser reduzida, já que há mais ônibus sem cobradores em circulação.

Redução da tarifa

Em contato com a assessoria das empresas concessionárias, a informação é de que a redução da tarifa deve ocorrer, mas somente quando houver a redução do quadro de funcionários.

“Os cobradores estão sendo mantidos e requalificados”.

Em nota, as concessionárias afirmaram que em relação à tentativa de impedir a circulação, membros do sindicato agiram de má fé, sob a falsa alegação de que estariam sendo descumpridas normas contratuais trabalhistas.

“Se encontra revogada a Lei Municipal nº 4.510/2007, que dispunha a obrigatoriedade de haver tripulação mínima de um motorista e um cobrador em cada ônibus. A cláusula 14ª do Acordo Coletivo de Trabalho 2013/2015, por preceder às referidas lei e sentença, obviamente às mesmas se sujeita, não mais produzindo efeito jurídico, de forma que não existe a irregularidade apontada”.

Possibilidade de paralisação

Questionado se há possibilidade de paralisação na circulação da frota, Nelson disse que o sindicato deve realizar uma assembleia com os funcionários no início do expediente desta terça-feira para definir em torno dessa questão.

“Um dos motivos é a demissão feita ontem de um cobrador que estava em experiência, mas ainda assim, isso não é argumento para mandar embora”.

(Com informações de Marcelo Machado)