
Foi constatada no local a violação do Código de Defesa do Consumidor, pela presença de alimentos mal acondicionados, sem identificação e com a validade vencida. Os produtos foram inutilizados e descartados. A empresa foi notificada e, após o prazo de defesa, que é de dez dias, poderá ser multada.
“Estamos sempre fiscalizando o controle de validade e condições das mercadorias mantidas em depósito ou expostas à venda, especialmente no que diz respeito aos gêneros alimentícios. Portanto, os donos de estabelecimentos que não cumprirem a lei, além de serem multados, poderão ser presos em flagrante pelo crime”, afirmou o presidente do Procon Carioca, Fábio Ferreira.
Segundo a autarquia, a fiscalização foi motivada pela denúncia da enfermeira Nice Carvalho, mãe de uma cliente. Ao registrar a reclamação junto ao Procon Carioca, ela contou que a filha, Carolina Carvalho, e o namorado, Victor Villaça, pediram por telefone uma refeição do restaurante na última terça-feira, dia 6, e algumas horas depois de consumirem os alimentos, começaram a passar mal, com episódios de desmaiosm vômitos e diarreia.

Segundo ela, depois de postar a situação numa rede social, viu que as pessoas comentavam que tiveram os mesmos sintomas após comerem no restaurante.
?Vi que não era um caso isolado. O problema é se tratar de uma comida crua, muito manipulada, e não sabermos se as pessoas seguem as normas de higiene, lavam as mãos, a procedência e validade dos alimentos, se há selo de qualidade. Pelos relatos das pessoas, achei que tinha alguma coisa errada e resolvi denunciar. Hoje, aconteceu com minha filha. Amanhã, pode ser com uma criança ou idoso, muito mais vulneráveis. O caso é sério e pode levar à morte ? ressalta a enfermeira, que pede uma fiscalização mais eficaz nesse tipo de estabelecimento.
Procurada pela reportagem, a Rede Koni afirmou ter se surpreendido pelo ocorrido, uma vez que possui um grupo formado por nutricionistas preparadas para orientar e atuar em seus restaurantes, acrescentando que o fato foge totalmente do padrão que a rede exige de seus franqueados.
? De forma prática, nosso time já está à frente e tratando todas as questões apontadas pelo Procon, como troca de equipamento e adequação de procedimento de identificação nas etiquetas. Fizemos uma intervenção na unidade e destacamos um técnico para que faça uma apuração in loco e acompanhe a operação ? afirmou o diretor da marca Koni, Michel Jager.
Segundo ele, como os fatos relatados ferem questões contratuais, a rede promete agir de maneira contundente junto à franquia, tomando as medidas cabíveis. a primeira delas foi a imediata autuação do franqueado.