Foz do Iguaçu – A região Oeste confirmou, no início da noite de terça-feira (11), a primeira morte por dengue. Renata Gaudêncio, de 27 anos, estava internada no Hospital Costa Cavalcanti em Foz do Iguaçu e devido à gravidade de seu quadro clínico, não resistiu e morreu.
A jovem trabalhava como agente penitenciária na cidade e buscou o primeiro atendimento com suspeita da doença no dia 6 de janeiro. Na terça-feira precisou voltar ao hospital. Um teste rápido realizado na paciente confirmou a causa da morte. O corpo de Renata foi encaminhado na madrugada de ontem a Mirandópolis, no interior de São Paulo, onde será sepultado.
Há suspeita ainda de que a morte de uma mulher paraguaia, atendida pelos serviços de saúde locais em dezembro de 2015, também tenha sido provocada pela doença. Os exames para confirmação ainda não foram finalizados. Não é a primeira vez que o município confirma mortes por dengue. No ano passado foram registrados quatro óbitos em Foz do Iguaçu, conforme a 9ª Regional de Saúde.
Alerta máximo
Foz do Iguaçu está em situação de alerta epidêmico. Conforme o último boletim divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde, há 290 casos de dengue confirmados: 283 autóctones e sete importados, além de 1.087 suspeitas. O primeiro caso de febre chikungunya, doença também transmitida pelo Aedes aegypti, foi confirmado na cidade neste ano. Há ainda outros três pacientes suspeitos e 17 notificações do zika vírus.
Em 2015, ações de reforço para combater o mosquito foram realizadas, mas os trabalhos deverão ser intensificados.
Com apoio de equipes da saúde ocorreram ações de fumacês, porém é fundamental que a população faça a sua parte e nos ajude a eliminar os focos criadouros do mosquito, ressalta o chefe da vigilância epidemiológica da 9ª Regional de Saúde, Eduardo Toshio Kikuchi.
Mortes em Paranaguá
A Secretaria Estadual de Saúde confirmou ontem a segunda morte por dengue em Paranaguá. A vítima é um taxista de 71 anos. No dia 8 de janeiro, uma mulher de 25 anos, que estava internada no Hospital Regional, morreu pela doença no estágio hemorrágico.
É a primeira vez que uma cidade litorânea paranaense enfrenta uma epidemia de dengue. Paranaguá tem 561 casos confirmados, todos autóctones e 1.709 notificações. Conforme boletim estadual, a incidência é de 378,46 casos a cada 100 mil habitantes.
341 casos da doença na região
O último boletim divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde analisa o período de agosto de 2015 a 12 de janeiro de 2016. No levantamento, foram confirmados 1.956 casos de dengue no Paraná, 1.859 autóctones e 97 importados. O total de notificações no Estado chegou a 16.788. A região Oeste registrou 341 casos positivos da doença. A situação mais crítica ainda é na 9ª Regional de Saúde de Foz do Iguaçu, que está em alerta para o risco de epidemia, principalmente pelo elevado número de confirmações em Foz.
Além disso, a circulação do zika vírus e da febre chikungunya no Estado também foi divulgada. Até o momento nenhum paciente foi diagnosticado com zika, porém, assim que o resultado das 73 suspeitas for avaliado, é possível que haja casos positivos para a doença. A região apresentou 36 casos suspeitos e nenhuma confirmação. Somente na fronteira são 17 notificações, o pior índice regional.
Em relação à chikungunya, são quatro confirmações e 49 notificações em todo o Paraná. No Oeste, além do caso já confirmado em Foz do Iguaçu, existem nove suspeitas da doença entre os municípios de Cascavel (4), Foz (3), Boa Vista da Aparecida (1) e Santa Tereza do Oeste (1).
(Com informações de Romulo Grigoli)