Santa Tereza do Oeste – Sessenta e duas famílias foram retiradas de uma área na Vila Operária, em Santa Tereza do Oeste, por equipes da Polícia Militar de Cascavel, na manhã de quinta-feira (17).
Elas invadiram em junho terreno que pertence à prefeitura e que, segundo o prefeito Amarildo Rigolin, servirá para abrigar famílias inscritas em programas sociais ofertados pelo município, além da construção de uma unidade básica de saúde.
Logo após a chegada dos policiais para o cumprimento de ordem judicial que garantiu a reintegração de posse, em parceria com o Corpo de Bombeiros, Ministério Público, Conselho Tutelar, Sanepar e Copel, o grupo de aproximadamente 200 pessoas deixou o local. Os barracos que estavam montados no terreno foram desmanchados. Agora, as famílias cobram do Executivo um lugar provisório.
Eles invadiram o terreno público ainda na metade do ano, e alguns deles nem de Santa Tereza são, relata o gestor.
Ele ressalta que do total de famílias que participaram da invasão na época, apenas 18 se inscreveram em programas sociais à habitação.
Dessa forma, quem está devidamente cadastrado será realocado nesses espaços assim que as casas forem concluídas. O restante vai precisar voltar para seu local de origem, diz Rigolin.
O programa a que Rigolin se refere garante a construção de uma moradia com custo de R$ 1 por metro quadrado. Para participar, os beneficiários não podem ter adquirido ou ganhado algum imóvel na cidade, além da obrigatoriedade do cadastro. O local onde as famílias permaneceram por seis meses já havia sido preparado para que mutuários dessem início às obras.
Protestos
Sem ter para onde ir e revoltadas com a decisão judicial, as famílias protestaram em frente à prefeitura e também da residência do prefeito Amarildo Rigolin. De acordo com o gestor, não houve nenhuma ameaça, apenas protestos pacíficos.
(Com informações de Marina Kessler)