
Na ocasião, cinco criminosos foram mortos em tiroteios na comunidade. O clima na Providência é de tensão. Localizado numa área estratégica para os Jogos do Rio, próximo ao Porto à Secrearia de Segurança e ao Comando Militar do Leste (CML), o Morro da Providência virou um barril de pólvora na semana passada. Além dos mortos, quatro pessoas ficaram feridas no tiroteio em que o sargento foi morto.
A tensão teve início no fim da tarde de quinta-feira da semana passada, quando equipes do Bope se dirigiram ao morro, e cerca de 30 policiais ficaram perto de um dos acessos à comunidade, enquanto outros oito deram início a uma incursão usando uma Kombi comum, branca, numa estratégia chamada de cavalo de Troia, cujo objetivo era localizar bandidos e surpreendê-los. No entanto, houve um erro fatal: o veículo já havia sido usado em outras ações da PM, e parte da quadrilha o reconheceu.
Os bandidos abriram fogo contra a Kombi na Rua Barão da Gamboa. A rajada de uma pistola, adaptada com um dispositivo que a transforma numa espécie de submetralhadora, perfurou o para-brisa do veículo, atingindo três policiais. Um dos 13 disparos acertou a cabeça do sargento André Luiz Vaz Nonato, de 40 anos, que morreu na hora. Seus dois colegas de farda feridos, os soldados João Paulo Cavalcanti e Leonardo Soares Garcez, foram internados no Hospital Central da PM, no Estácio.