
A Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN) ressaltou que a população tem à sua disposição uma série de canais alternativos para realizar transações financeiras. Os bancos oferecem aos clientes opções como os caixas eletrônicos, internet banking, o aplicativo do banco no celular, operações bancárias por telefone e também pelos correspondentes, que são as casas lotéricas, agências dos Correios, redes de supermercados e outros estabelecimentos comerciais credenciados.
Já a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste) informou em comunicado que o consumidor não pode se valer da greve para protelar os pagamentos. Por isso, deve ficar atento à data de vencimento das contas e procurar um meio alternativo para quitá-las, evitando, assim, problemas futuros. Quem tem conta para pagar e não dispõe de cartão para uso do caixa eletrônico, pode recorrer às agências lotéricas e até lojas de departamentos que aceitam a quitação de diversas contas. Mas o cliente que precisa sacar dinheiro na boca do caixa deve entrar em contato por telefone com o banco e solicitar uma alternativa.
A Proteste ressaltou que embora a greve seja um direito social garantido aos trabalhadores pela Constituição, ela não exime as empresas (no caso, os bancos) de garantir aos consumidores a prestação dos serviços essenciais no transcorrer da greve, além dos necessários esclarecimentos. O serviço de compensação bancária é considerado atividade essencial pela legislação brasileira e não pode sofrer qualquer paralisação. Portanto, cheques e DOCs devem ter a compensação nos prazos normais estipulados pelo Banco Central.
BANCÁRIOS EM GREVE
Os sindicatos dos bancários de todo o país decidiram começar a greve depois de chegarem a um impasse nas negociações de reajuste salarial com a Federação Nacional de Bancos (Fenabam). Os trabalhadores estão reivindicando 14,78% de reajuste salarial, 5% de aumento real em relação a inflação de 9,31%, enquanto a Federação está oferecendo 6,5% de aumento, mais um abono de R$ 3 mil, pago em parcela única.
A assessoria da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) declarou que durante o processo de negociação que antecedeu a declaração de greve, os representantes da Fenaban foram intransigentes e por isso não foi possível chegar a um acordo. Já a Federação Nacional de Bancos declarou que o reajuste oferecido por eles chega a 15% de aumento para algumas faixas salariais, se somado ao abono de R$ 3 mil.
A Contraf-CUT acredita que a greve vai ter uma grande adesão, principalmente depois dos primeiros dias de movimento. Além do reajuste salarial, os trabalhadores tem uma lista de reivindicações, que incluem a contratação de mais profissionais, melhoria das condições de trabalho, aumento da PLR e equiparação do vale alimentação com o salário mínimo nacional.