Cotidiano

Governo do Estado lança novo pacote de ações para “prevenção à violência”

Governador Carlos Massa Ratinho Junior com foco em integração e monitoramento, anuncia medidas de prevenção contra violência nas escolas

Foto Gilson Abreu/Aen
Governador Carlos Massa Ratinho Junior com foco em integração e monitoramento, anuncia medidas de prevenção contra violência nas escolas Foto Gilson Abreu/Aen

Curitiba – Na sequência da movimentação dos municípios para combater a violência nas escolas e elevar a “sensação de segurança”, o Governo do Estado anunciou ontem (13), uma série de ações focadas na prevenção, visando o aumento da presença das estruturas de segurança pública no ambiente escolar e uma integração entre os órgãos estaduais para evitar que ocorra no Paraná a situações que, infelizmente, têm sido registradas no Brasil, com morte de crianças e professores.

Para o governador do Paraná, Ratinho Junior, que conversou com a imprensa, as medidas são fruto de esforço que o Estado está fazendo para garantir a segurança em todo o ambiente escolar. “Nós pedimos também a colaboração dos pais, para que atuem acompanhando de perto o que seus filhos veem na internet, o que estão levando para as escolas e que também imponham limites a eles”, reforçou.

Entre as ações anunciadas está a ampliação do Programa Escola Segura, que passará de 112 para 300 escolas que tenham histórico de violência. A proposta é colocar cerca de 5,6 mil policiais militares para atuar nos colégios paranaenses, entre eles, 2 mil que estão em formação. Além disso, todas as viaturas policiais que não estiverem em atendimento de ocorrências ficarão em frente às escolas para reforçar a segurança dos locais.

Outra proposta é ampliar o número de Colégios Cívico-Militares que contam com monitores do Corpo de Militares Estaduais Inativos Voluntários. Atualmente, o Estado tem 206 colégios e a proposta é para dobrar para 400, que demandará um investimento de R$ 30 milhões. A tecnologia também será utilizada com a instalação de novas câmeras do programa Olho Vivo. O Estado deverá investir mais R$ 8,4 milhões para a implantação de 200 sistemas de monitoramento em escolas consideradas estratégicas.

Em outra frente, ocorrrá o treinamento dos servidores, aplicado a 2,2 mil profissionais dos 32 Núcleos Regionais de Educação até 5 de maio. A ideia é que estas pessoas atuem como multiplicadores de conhecimento após capacitação, impactando, ao todo, cerca de 100 mil profissionais.

Botão do pânico

Os professores também poderão acionar o Botão do Pânico por meio do Registro de Classe Online, sistema já utilizado pelos docentes para controle de frequência e notas dos estudantes, além dos planos de aula. O Botão do Pânico está vinculado ao aplicativo 190 PR, da Polícia Militar e, ao ser acionado, gera um atendimento de emergência ao local da vítima, baseado na localização do solicitante.

De acordo com o secretário de Estado da Educação, Roni Miranda, trata-se de um trabalho preventivo, em que os profissionais serão capacitados para evitar que situações mais graves ocorram. “Um representante de cada escola vai receber o treinamento da Patrulha Escolar e do BOPE, que serão feitos duas vezes ao ano, para atuar na identificação e prevenção de riscos”, comentou.

“Ao mostrar o que o Estado está fazendo queremos garantir a normalidade nas escolas o mais rápido possível. É um trabalho pedagógico gradativo para que possamos começar a ganhar essa consciência e confiança junto aos alunos e pais”, complementou o secretário da Educação.

Suporte psicológico ampliado

Ratinho Junior anunciou a contratação de novos profissionais e bolsistas da área de psicologia para atuarem no suporte a professores e estudantes, em uma atividade de prevenção e identificação de potenciais riscos. Inicialmente, serão contratados 40 psicólogos, além de 200 universitários da área. Também foi instituído o Comitê Intersetorial de Prevenção, Monitoramento e Segurança em Escolas do Paraná.

Entre as atribuições do grupo estão a análise de situações de risco, desenvolvimento de mecanismos de combate à violência, elaboração de estudos em conjunto com as forças de segurança pública, reforço ao trabalho educativo e preventivo e criação de um canal direto de denúncias.

Foto: AEN