
Estes episódios levantaram questionamentos sobre se as regras de engajamento de minimizar as mortes de civis foram aliviadas após o início do governo Trump, que prometeu combater o Estado Islâmico com mais agressividade. Segundo o “New York Times”, autoridades do Exército americano insistiram que as regras não mudaram. Porém, reconheceram que os ataques aéreos na Síria e no Iraque estão sendo mais pesados, em um esforço para pressionar o grupo terrorista em várias frentes.
Nesta segunda-feira, pelo menos 33 pessoas foram mortas numa escola bombardeada em uma vila a oeste da cidade de Raqqa, sede do Estado Islâmico na Síria. Ativistas locais creem que o ataque aéreo foi realizado por caças da coalizão liderada pelos Estados Unidos. A aliança, por sua vez, ainda não emitiu um comunicado sobre o ocorrido, mas reconheceu que houve 19 ataques na área de Raqqa no dia. Três dessas ofensivas teriam destruído quartéis-generais do EI.
Na semana passada, as Forças Armadas americanas admitiram que realizaram um ataque no Norte da Síria contra posições da al-Qaeda, que atingiu uma mesquita na província de Aleppo, onde morreram 46 pessoas, segundo uma ONG síria. Os militares negaram que bombardearam deliberadamente a mesquita.
“Não atacamos uma mesquita, e sim um prédio que tínhamos como alvo, onde se realizava uma reunião (da al-Qaeda) e se situava cerca de 15 metros de uma mesquita que ainda está de pé”, declarou, na quinta-feira passada, o coronel John J. Thomas, porta-voz do Comando das Forças Americanas no Oriente Médio (Centcom).
Os Estados Unidos criticaram constantemente a Rússia, que apoia o regime de Bashar al-Assad, acusando o país de alvejar deliberadamente civis, hospitais e remessas humanitárias.