
? Esses pacientes nunca estão satisfeitos com o resultado de um procedimento cirúrgico, pois não gostam da imagem que enxergam no espelho. Eles sempre vão querer mais e mais. Nesses casos, o médico precisa lidar com a difícil tarefa de convencê-los de que o que eles realmente precisam é de um tratamento psicológico ou psiquiátrico ? destaca o cirurgião plástico.
Segundo ele, essas pessoas normalmente sentem algum tipo de insegurança e acreditam que a cirurgia é a solução para recuperar a autoestima e solucionar todos os problemas da vida.
? Muitas vezes, a plástica é contraindicada, pois não há o que corrigir. O problema é convencer o paciente. Sem tratamento, ele vai seguir com a ideia fixa até encontrar um profissional que aceite operá-lo. Em 95% dos casos, a dismorfofobia atinge mulheres magras, que se consideram gordas ? afirma.
Daher ressalta que a doença pode também estar associada à bulimia.
? Na maioria das situações, a pessoa vomita sem precisar forçar. Ela acha que a comida que ingeriu a deixará gorda, ou seja, mais defeituosa. Esse é um típico comportamento de quem tem problema de percepção da imagem ? frisa.
As pessoas com o transtorno podem apresentar características distintas. Enquanto parte delas passa o dia em busca de espelhos para ver como está a aparência, outra se esconde de qualquer possibilidade de reflexo de sua imagem.
? Há ainda um grupo que foca essa insatisfação nos órgãos sexuais. No caso do homens, principalmente, com relação ao tamanho ? conclui o cirurgião.