
? O mundo é maior do que cinco ? disse Erdogan, ao criticar o fato de que cinco países têm poder de veto no Conselho de Segurança, deixando assim outras nações não representadas.
Ainda em termos de ação internacional, Erdogan afirmou que a recente invasão ao território sírio a partir de seu Sudeste ajudou a conter o avanço do Estado Islâmico. Como complemento, disse querer uma solução política imediata para o fim do conflito civil.
? A incursão no Norte da Síria em setembro ajudou a estabelecer a paz, o equilíbrio e a estabilidade numa região tomada pela desesperança. Respeitamos a soberania síria ? disse ele. ? Somos hoje uma nação com 2,7 milhões de refugiados sírios.
Erdogan abordou ainda os problemas internos da Turquia. Com críticas à União Europeia por supostamente não dar condições aos turcos para que entrem no bloco, ele ainda pediu que a comunidade internacional que condene Gülen, num novo esforço pedindo sua extradição (o clérigo vive nos EUA) por supostamente ordenar o golpe militar frustrado de 15 de julho.
? Peço, do alto deste pódio, a todos os nosso amigos para que tomem as medidas necessárias contra a organização terrorista gulenista pela própria segurança e o futuro de suas nações ? alertou, dizendo que a tentativa foi uma “ameaça às democracias”. ? É evidente da nossa experiência que, se não se lutar cotnra a rede de Gülen, poderá ser muito tarde depois.
A Turquia vive hoje uma série de expurgos que sucedem a tentativa de golpe de Estado em 15 de julho. A onda de repressão afeta todas as categorias da sociedade turca, incluindo jornalistas, professores e intelectuais. Dezenas de milhares de pessoas já foram detidas ou afastadas de cargos públicos, acusadas de intergrarem uma rede ligada ao clérigo, rival do presidente e apontado por ele como mentor da intentona.