Boletim epidemiológico divulgado na última terça-feira (23) pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) apontou que Toledo teve 389 notificações de dengue registradas desde 11 de agosto de 2020, início do atual ano epidemiológico. Destas, 17 tiveram exame com resultado positivo (14 autóctones e 3 importados), 24 aguardam parecer do laboratório, 2 tiveram prognóstico inconclusivo e 356 foram descartadas.
Estes números em nada se parecem com a situação vista na mesma época do ano passado, quando o município ainda sofria os efeitos de uma epidemia da doença transmitida pelo Aedes aegypti. “Gostaríamos que ninguém tivesse dengue, mas essa quantidade baixa de casos nos mostra que o trabalho dos agentes está sendo bem feito e que a imensa maioria da população está ajudando e pode colaborar ainda mais”, avalia a coordenadora do Setor de Controle e Combate às Endemias, Lilian Konig.
A coordenadora pondera que o índice do último Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti (LirAa), realizado no começo do ano, foi bastante alto: 4,5%, bem acima do preconizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), 1%. “No fim de abril será feito o próximo levantamento, mas é necessário mantermos vigilantes em relação a este problema, pois o índice é alto. Uma vez por semana é preciso dar uma geral no quintal, tirando água ou eliminando objetos que podem servir de criadouros para o mosquito”, observa.
Colaboração
A coordenadora pede que a população também colabore em relação às visitas realizadas nos imóveis. “Algumas pessoas, infelizmente, têm criado resistência para o trabalhos dos agentes de endemias e isso coloca a vida tanto do morador quanto da vizinhança em risco. Com o apoio de todos é possível manter a dengue em Toledo sob controle”, avalia. “Em anos anteriores existe um ciclo de dois anos no qual em um temos muitos casos e no outro menos e assim sucessivamente. Devemos aproveitar esse período de menor incidência para impedir que o próximo volte a ficar tão ruim como o que vimos em 2020, por exemplo”, adverte.
Lilian sugere outra medida de apoio ao trabalho realizado pelo setor que coordena. “Sempre que há uma nova notificação, uma equipe percorre a área ao redor da residência do paciente com sintomas de dengue espalhando inseticida por meio de bomba costal. Contudo, os moradores, quando veem esta movimentação, fecham as janelas. Pedimos que eles as mantenham abertas, pois, se isso não for feito, acabamos não matando o mosquito na fase adulta e o problema por ali não se resolve”, relata.