
Ao ser questionado por Regina Casé se já havia sofrido preconceito, Lázaro Ramos contou ter sido vigiado por seguranças dentro de supermercados diversas vezes, o que ele afirmou ser uma situação constante na vida de quem é negro. E ressaltou a importância do debate público sobre o racismo:
? Acho que é uma grande evolução a gente poder falar sobre isso num domingo à tarde. Tem muita gente que diz que é mimimi, que estamos reclamando de barriga cheia, que não se deve falar sobre esse assunto. Não, eu acho o contrário. A gente deve falar sobre isso sim, porque é uma ferida enorme na nossa sociedade ? disse o ator, finalizando:
? Sei que tem gente na rede social dizendo “ai, que assunto chato, falando disso de novo”. Não, gatão, não é chato não. Isso aí é para a gente ser cidadão.
Instigado pela apresentadora a falar sobre como a televisão poderia ser mais inclusiva, Lázaro destacou a importância de haver mais diversidade também por trás das câmeras, com roteiristas e diretores que ajudem a contrar histórias mais variadas ou fotógrafos que saibam como iluminar a pele negra.
? O que eu espero é que a gente esteja em todos os lugares e em uma quantidade muito maior. Inclusive essa é um pouco a nossa luta ? afirmou o ator, que está viajando pelo país com o espetáculo “O topo da montanha”, onde interpreta o ativista Martin Luther King.
No programa, Regina Casé ainda apresentou o casal a Mirna, aluna de medicina da Uerj, passista da Salgueiro e moradora de uma favela. Ao ouvir a história da estudante, Taís se emocionou:
? Você não sabe o quanto você é importante para mim. Para mim, para a minha filha, para todas as meninas deste país. É muito importante o Brasil saber que você existe ? disse a atriz.