Cascavel No encerramento da primeira fase da Escola de Governo, Cletírio Ferreira Fleister apresentou ontem diagnóstico da Secretaria de Administração de Cascavel apresentando um retrato com números que, segundo suas próprias palavras, precisam de lenço, porque é de doer olhar para essa realidade”. Ele se referia ao fato de 53% da atual frota do município estar rodando sem a devida manutenção.
De acordo com o relatório, dos 784 veículos pertencentes à prefeitura, apenas 292 estão em boas condições de uso, 218 rodam em mau estado de conservação, 80 estão parados aguardando manutenção e 48 vão a leilão. “Caso precise de uma pastilha de freio, vai rodando até o limite. Quando precisa de troca de óleo, a mesma coisa. Pneus ficam carecas… Não havia manutenção preventiva da nossa frota e o local de trabalho é um verdadeiro descaso, um completo abandono”, denunciou.
“Pedi um recadastramento da frota por secretaria e um gerenciamento diferenciado da mesma para implantarmos um modelo de frota única na prefeitura, com agendamento de uso dos veículos. Às vezes, estou do outro lado da cidade e vejo um carro da prefeitura indo e outro voltando. Precisamos otimizar isso. Gastar menos e com mais eficiência”, ressaltou o prefeito Leonaldo Paranhos.
PROCESSOS PARADOS
Outro dado que chamou atenção foi o número de processos que ficaram parados no ano passado. “Não temos luvas, não temos medicamentos, não temos uniformes [numa referência a processos licitatórios atrasados no período de transição de governo]. Uma administração não pode ficar prejudicada pela transição”, pontuou Paranhos, ressaltando que em passado havia 143 processos aguardando parecer na Secretaria de Assuntos Jurídicos.
LIMITE PRUDENCIAL
A necessidade de otimização da força de trabalho do quadro de servidores (8.793, ao todo) para manter o equilíbrio financeiro do município e aumentar a eficiência também foi destacada na Escola de Governo de ontem. Por conta das restrições impostas pela Lei de Responsabilidade Fiscal, a diretora do Departamento de Recursos Humanos, Vanilse da Silva Schenfert, defendeu um planejamento efetivo para o município não sofrer penalidades como não poder contratar mais, não repor quadro de servidores, não pagar horas extras e, em situação extrema, ter de demitir quem não está em situação de estabilidade”.