NOVA YORK ? Enquanto centenas de agentes policiais caçavam o terrorista que implantou bombas em Nova York e Nova Jersey, o dono de um bar local percebeu que estava bem de frente a Ahmad Khan Rahami. Ele reconheceu o seu rosto das imagens do suspeito divulgadas na televisão e chamou a polícia. Agora, ele vem sendo tratado como o herói que ajudou a capturar o terrorisa.
Segundo Harinder Bains, Rahami estava dormindo profundamente do lado de fora do seu bar em Nova Jersey por volta das 10h30. Ele foi até lá para acordá-lo e, em resposta, recebeu ofensas verbais do suspeito. Foi então que ele pôde ver o seu rosto.
? Eu estava assistindo às notícias da CNN o dia todo. Eu pensei: ?Ah, meu Deus, ele parece tanto o cara? ? disse Bains ao ?The Post?, se referindo ao suspeito.
Ele então decidiu enganá-lo, dizendo que o bar não abriria por mais uma hora. E então chamou a polícia, que o capturou no local.
Investigadores procuram pistas que expliquem o motivo dos ataques no fim de semana e para determinar se Ahmad, um cidadão americano nascido no Afeganistão, teve cúmplices ou se radicalizou no exterior. Ele recebeu cinco acusações de tentativa de homicídio qualificado e duas acusações de uso de arma e deve receber ainda outras acusações em um tribunal federal. O prefeito de Nova York classificou a explosão que feriu 29 pessoas no movimentado bairro de Chelsea de ?um ato de terror?.
Rahami, que morava com sua família na parte de cima do restaurante First American Fried Chicken em Elizabeth, Nova Jersey, também é suspeito de ter plantado uma bomba que explodiu em uma praia de Nova Jersey no sábado, um artefato encontrado perto da detonação em Nova York e até seis outros dispositivos localizados perto da estação de trem de Elizabeth na noite de domingo.
As explosões e a caçada humana subsequente levaram a um reforço no esquema de segurança da maior cidade dos Estados Unidos, já em alerta devido à presença de líderes mundiais para a Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta semana. Mil agentes adicionais foram convocados.
Embora as autoridades não tenham fornecido muitas informações sobre Rahami, a rede CNN, citando fontes de segurança que não identificou, noticiou que o suspeito viajou diversas vezes ao Afeganistão e ao Paquistão nos últimos anos, incluindo uma estadia de um ano em solo paquistanês até março de 2014. A polícia está investigando se ele se radicalizou no exterior, relatou a CNN.
O jornal “New York Times” disse que ainda não se encontrou nenhum indício de que Rahami recebeu treinamento militar fora dos EUA, mas disse que agentes do FBI estão tentando determinar se suas ações foram guiadas por militantes do Estado Islâmico ou qualquer outra organização terrorista.
Fontes de segurança americanas confirmaram que o suspeito passou por uma verificação secundária depois de voltar de viagens ao exterior nos últimos anos e que foi liberado em todas as ocasiões.