
O Governo do Estado segue mobilizado na reconstrução das estruturas de ensino destruídas pelo tornado que atingiu Rio Bonito do Iguaçu, no Centro-Sul do Paraná. Além das equipes da Secretaria da Educação (Seed), Fundepar e do programa Mãos Amigas, chegaram à cidade 40 trabalhadores de uma empresa de construção civil, incluindo cinco operadores de máquinas, e 18 servidores do Instituto Água e Terra (IAT), que reforçam a limpeza e remoção de entulhos.
Os trabalhos se concentram nos colégios estaduais Ludovica Safraider, Ireno Alves dos Santos e na Apae do município, todos com danos estruturais. A inclusão da Apae no plano emergencial foi determinada pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior, para restabelecer o atendimento educacional e terapêutico o mais rápido possível.
Participam das ações pintores, eletricistas, marceneiros e auxiliares do programa Mãos Amigas, vindos de unidades prisionais de Cascavel, Guarapuava e Laranjeiras do Sul. Eles auxiliam na limpeza, remoção de entulhos e recuperação de mobiliário, sob acompanhamento de agentes do Departamento de Polícia Penal (Deppen).
Segundo Adriane Esquil de Almeida, chefe do Núcleo Regional de Educação de Laranjeiras do Sul, o objetivo é garantir o retorno seguro das aulas no início de 2026.
“Estamos finalizando a limpeza e preparando espaços provisórios para receber alunos e professores. Também haverá apoio psicológico às famílias, porque a escola é um ponto de estabilidade emocional da comunidade”, destacou.
O engenheiro Dimas Thiago Silva, da Fundepar, informou que o levantamento técnico está em andamento. “No Colégio Ludovica Safraider, dois blocos precisam ser reconstruídos e o ginásio foi destruído. No Ireno Alves, a cobertura será substituída e parte da estrutura reforçada. Estamos trabalhando de forma emergencial, mas com rigor técnico”, explicou.
Mãos Amigas acelera reconstrução
Pioneiro no uso de mão de obra prisional na reforma de escolas, o programa Mãos Amigas permite a redução de um dia de pena a cada três dias trabalhados. Somente em 2025, 427 unidades escolares foram atendidas, com mais de 2 mil serviços executados.
“O programa foi criado para dar respostas rápidas em momentos como este. Os detentos têm contribuído de forma essencial na limpeza e reorganização dos prédios escolares”, afirmou Claus Marchiori, coordenador estadual do programa.
Investimentos
Para as ações emergenciais, a Fundepar liberou R$ 75 mil via Fundo Rotativo, sendo R$ 50 mil para o Colégio Ireno Alves e R$ 25 mil para o Ludovica Safraider. O montante cobre reparos imediatos e limpeza.
Segundo o secretário da Educação, Roni Miranda, que esteve na cidade na segunda-feira (10), o Governo vai garantir os recursos necessários para a recuperação total das escolas e da Apae — valor estimado em até R$ 5 milhões, a ser confirmado após os laudos técnicos.
“Já temos empresas contratadas e equipes em campo. O importante é que os estudantes iniciem o próximo ano letivo em um ambiente adequado e seguro”, afirmou Miranda.
Fonte: AEN