Cascavel – Com as duas elevações de tarifa já autorizadas neste ano pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), que superam os 50%, o Brasil passa a ter um dos três mais caros valores pela prestação do serviço e lidera o ranking mundial na cobrança de tributos.
Da fatura que o consumidor recebe todo mês, 52,8% são impostos, diz o consultor e engenheiro eletricista, Eron Schirmer, ex-presidente do Observatório Social de Cascavel.
O desmedido apetite fiscal do governo tem reflexos perversos sobre o custo dos setores produtivos e obriga os consumidores, principalmente os das menores faixas de renda, a fazer malabarismos para economizar.
A cobrança de tantos tributos, além de demonstrar a imensa fome arrecadadora da União e estados, evidencia o quanto o Brasil está distante das nações desenvolvidas, argumenta Schirmer.
A maior fatia dos 52,8% de tributos embutidos nas contas de energia dos brasileiros é abocanhada por apenas três impostos: ICMS, PIS e Cofins.
O aumento sentido pelos setores secundário e terciário, que reduz ainda mais a competitividade da indústria nacional, também impacta com força a agricultura.
(Com informações de Jean Paterno)