À meia-noite deste sábado (19), você não vai precisar adiantar seu relógio. Isso porque, neste ano (e nos próximos), não haverá horário de verão. Esta é a primeira vez, em 34 anos, que teremos um verão com o relógio “normal”. Tradicionalmente, os ponteiros eram adiantados sempre no terceiro fim de semana de outubro.
A produtora Helen Santana, 25 anos, acorda às 5h30 para trabalhar e percebeu que o dia “está mais claro”: “O sol começa a nascer antes… é possível mudar o horário, mas não é possível mudar a natureza…”
Isso porque o sol está nascendo às 6h, mas, pelo menos meia hora antes o céu já começa a clarear.
Felicidade para uns e tristeza para outros. Isso porque, desde sempre, o horário de verão divide opiniões.
“Eu acredito que, sim, o horário de verão deveria continuar!”, acrescenta Helen.
Para a recepcionista Marielly Lima, 25 anos, era possível aproveitar mais o dia durante a semana: “Quem trabalha o dia todo consegue aproveitar melhor o dia, sentar ao lado de fora de casa e descansar”.
Já para a aposentada Lenir Vargas, 56 anos, a decisão do presidente Jair Bolsonaro é ótima: “Eu nunca gostei do horário de verão, porque a manhã é mais curta e o dia é mais longo. Eu gostei muito quando soube que este ano o horário não teria alteração”.
Opinião compartilhada pela comerciante Aparecida Landin de Paula, 55 anos: “Quando nosso corpo estava se acostumando com o horário, já tinha que atrasar o relógio de novo”.
De novo a divisão: “Eu preferia o horário de verão, porque tínhamos mais tempo para realizar as atividades diárias”, defende a estudante Janaina Rodrigues Gomes, 19 anos. “Assim o relógio biológico não sofre mudanças e as atividades diárias seguem normalmente”, argumenta o comerciante Aparecido Marcelino da Silva, 54 anos.
A história
O horário de verão foi estabelecido no Brasil em 1931, pelo então presidente Getulio Vargas. Ele não era adotado todos os anos, e, a partir de 1985, tornou-se ininterrupto. Em 2008 ficou estabelecido que a mudança no horário ocorreria sempre no terceiro domingo de outubro e voltaria ao normal no terceiro domingo de fevereiro. A medida visava economizar até 5% do consumo de energia elétrica, especialmente nos horários de pico.
Ao longo dos anos mais estados foram inseridos no horário de verão.
Este ano, o presidente Jair Bolsonaro assinou um decreto no dia 25 de abril pondo fim ao horário de verão, após ser informado que a alteração não gerava mais economia de energia elétrica, conforme o principal argumento para sua adoção.
No Brasil, em 2018 o horário de verão vigorou, além do Paraná, nos seguintes estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal.