A estiagem tem acelerado o trabalho no campo: dia e noite as máquinas estão a todo vapor. A previsão é de tempo seco, sem chuvas no Oeste do Estado, o que beneficia os agricultores que correm contra o tempo para colher a soja. Eles fazem de tudo para compensar o atraso provocado na semeadura, entre setembro e outubro do ano passado. Na área de atuação da Copacol, em cidades do Oeste e do Sudoeste do Paraná, a colheita já chega a 60%.
A safra é considerada boa, mesmo com a produtividade um pouco abaixo do esperado. A expectativa é que a colheita fique entre 140 e 150 sacas por alqueire. “A queda na produtividade é compensada pelo valor da saca do produto: o dobro pago na safra passada”, diz Tiago Madalosso, engenheiro agrônomo e gerente técnico da Copacol.
A saca da soja foi comercializada nesta quarta-feira a valores recordes: R$ 163.
Até agora em todo o Paraná, conforme o último boletim da Secretaria de Estado da Agricultura, a área colhida da soja corresponde a 36%. Esse percentual já teve avanços significativos nos últimos dias, pois os agricultores estão trabalhando dia e noite para retirar a soja e dar início ao plantio do milho safrinha. A expectativa é produzir 20,3 milhões de toneladas, na área plantada de 5.577.547 hectares. “Foi um ano desafiador para o produtor de soja. Tivemos falta de chuva na época do plantio, que se regularizou a partir de dezembro; e em janeiro, excesso de umidade, que interferiu na produtividade de algumas lavouras”, destaca Tiago.
MILHO SAFRINHA
A área total de milho safrinha no estado é de 2.375.100 hectares, com uma produção estimada de 13,5 milhões de toneladas. A área plantada até agora corresponde a 43%, em uma condição boa na maioria das lavouras, em fase de germinação e desenvolvimento vegetativo, pelo que aponta o Deral (Departamento de Economia Rural).
Na área da Copacol, estima-se que 70% das áreas que foram cultivadas com a soja, serão ocupadas pelo milho segunda safra. O grão também registra preço histórico, o que motiva o produtor em optar pelo híbrido como cultura de inverno. Nesta quarta-feira a saca era comercializada a R$ 77,50. Em relação ao manejo, o engenheiro agrônomo ressalta o cuidado redobrado nesta safra. “Nas lavouras já estabelecidas pedimos ao produtor um pouco de atenção com relação ao ataque de cigarrinhas, que vem causado grandes danos na colheita, por meio do enfezamento do milho”.
COVID-19
O fluxo de entrega de grãos nas 20 Unidades de Recebimento da Cooperativa ocorre dentro da normalidade. Para a segurança dos cooperados e dos colaboradores durante a entrega da produção, a Copacol vem providenciando todas as medidas de prevenção com relação ao Coronavírus, exigindo o uso da máscara e disponibilizando o álcool em gel. Além disso, o acesso nas unidades é restrito para evitar aglomerações.