Desde que definiu como objetivo a obtenção do status de zona livre de febre aftosa sem vacinação, os setores público e privado têm se empenhado para que o Estado tenha seu serviço de defesa agropecuária reconhecido internacionalmente e ocupe o lugar que lhe cabe no mercado mundial de proteína animal.
No ano passado, o Mapa (Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento) realizou auditorias necessárias para que seja encaminhado o pedido do Paraná à OIE (Organização Mundial de Saúde Animal). Os técnicos do Mapa estiveram no Estado em janeiro e agosto de 2018 com a missão de avaliar programas, estrutura, capacidades técnica, financeira e administrativa do serviço de vigilância da sanidade agropecuária paranaense.
Essas auditorias verificaram se o Paraná tem, de fato, as condições necessárias para pleitear o status de área livre de febre aftosa sem vacinação e depois mantê-lo. Afinal, uma vez solicitada a retirada da vacina, após período de vigilância, não poderá mais haver a presença de anticorpos que indiquem a presença do vírus ou da vacina por aqui.
O resultado das duas auditorias foi excelente. O serviço de defesa agropecuária do Paraná foi o mais bem avaliado do Brasil, melhor até do que o do único Estado brasileiro que já goza do status livre de febre aftosa sem vacinação, Santa Catarina.
Para efeito de comparação, o Paraná superou a pontuação da auditoria do Mapa em 48% dos quesitos e alcançou a pontuação necessária em 35%. Apenas 16% dos itens analisados ficaram abaixo da pontuação, o que gerou um plano de ação com nove itens, dos quais sete estão em implantação pela Adapar (Agência de Defesa Agropecuária do Paraná) e os outros dois em processo de finalização (contratação de fiscais para garantir o funcionamento pleno das barreiras sanitárias e a construção do posto de fiscalização sanitária em Campina Grande do Sul – em fase final de aprovação pela Agência Nacional de Transportes Terrestres).
A boa avaliação do sistema veterinário paranaense não é fortuita, tampouco é resultado apenas das ações voltadas ao aprimoramento da sanidade no Estado realizadas no último governo. “Há mais de 40 anos que o Paraná busca o fim da vacinação contra febre aftosa, trata-se de um processo longo, que envolveu o compromisso dos setores público e privado para que todo o Estado saísse ganhando. A certificação pela OIE é o coroamento de todo este esforço”, observa o presidente do Sistema Faep/Senar-PR, Ágide Meneguette.