Reforma vem aí
O presidente Jair Bolsonaro, ministros e líderes na Câmara e no Senado reforçaram a articulação nos bastidores nos últimos dias para que mais partidos anunciem o fechamento de questão favorável à reforma da Previdência. A intenção é que as legendas votem em bloco quando a proposta for analisada em dois turnos no plenário da Câmara. Além do PSL, partido de Bolsonaro, apenas o PSDB e o Novo fecharam questão para a votação, prevista para a segunda semana de julho. Apesar dos três ministros no Governo Bolsonaro, o DEM – assim como legendas do Centrão -, permanece sem consenso e não deve votar em bloco, como insistem palacianos.
Acabou a farra
O texto da reforma da Previdência compra briga com o Judiciário. Põe fim à aposentadoria obrigatória remunerada para juízes e procuradores punidos por crimes ou irregularidades cometidos na função.
Sem privilégios
É um dos exemplos usados pelo relator da reforma na comissão especial, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), para reforçar que os pobres não pagarão a conta.
Medo de retaliação
O Ministério da Economia informa que não há desconto de gratificações de servidores do extinto Ministério do Trabalho com efeito retroativo. Servidores confirmam que sim.
Maioridade 16
O vice-líder do Governo, deputado Carlos Jordy (PSL-RJ), vai presidir a Frente Parlamentar Mista pela Redução da Maioridade Penal lançada na Câmara, conforme a Coluna antecipou em maio. “Vai ao encontro do que a maioria da população quer; a redução é uma questão de responsabilidade e justiça”, sustenta o deputado, que defende a idade mínima de 16 anos.
Juristas
O objetivo da frente é discutir as propostas que tramitam no Congresso Nacional. Uma delas, a PEC 171/1993, foi aprovada na Câmara em 2015 e voltou à discussão na CCJ do Senado. Amanhã, o colegiado realiza audiência com juristas para debater a projeto relatado pelo senador Marcelo Castro (MDB-PI). Mais de 200 deputados e senadores assinaram o requerimento de criação da frente.
Chapa quente
O líder do PSL na Câmara Federal, Delegado Waldir (GO), está na mira de palacianos, que pretendem promover ao cargo o deputado Jordy (RJ).
Fim da reeleição?
Comandada pelo PSL e com maioria de deputados aliados do Palácio, a Comissão de Constituição e Justiça não tem a menor pressa em analisar a PEC 376, que acaba com a reeleição. O projeto, do ex-deputado Ernandes Amorim (PTB-RO), tramita na CCJ há exatos 10 anos e tem parecer favorável do relator Valtenir Pereira (MDB-MT).
A conferir
“O fim da possibilidade da reeleição para cargos do Executivo viria a contribuir para a lisura dos pleitos eleitorais e para o aperfeiçoamento do regime democrático, eliminando a desigualdade de chances entre os candidatos e a perpetuação de oligarquias no poder”, aponta Valtenir no relatório apresentado há duas semanas. Não há data prevista para votação do parecer no colegiado.
Concorrência na praça
Aliás, o presidente Bolsonaro, que na campanha indicava pensar no assunto e até defender um mandato, futuramente, já fala em reeleição. Tem seus motivos. Ciro Gomes (PDT) e João Dória (PSDB) já estão em campanha clara para o Palácio.
Busão acelera
A crise da Avianca e o aumento abusivo dos preços das passagens pelas companhias concorrentes tem levado mais passageiros a viajar de ônibus interestaduais, comprovam estudos variados. A demanda cresceu 15%, constatou a Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre de Passageiros (ABRATI).
Só faltam asas
Não só o aperto financeiro e os preços chamativos – até 10 vezes menor que nas aéreas – atraem os passageiros. Atentas à demanda mais exigente, as viações investiram em frotas novas, poltronas confortáveis, mais espaço entre passageiros e 20% das empresas oferecem multimídia a bordo. Além disso, 99% das empresas vendem passagens online.
Jornalismo vive
O renomado jornalista Aziz Ahmed lança “Memórias da Imprensa Escrita”, um detalhado resgate das redações desde os anos 50 até os dias atuais, com depoimentos de 26 jornalistas como Boechat, Anna Ramalho, e outros.