A Comissão de Redação e Justiça decidiu de maneira unânime rejeitar o parecer prévio do TCE (Tribunal de Contas do Estado) que sugere a aprovação das contas do Executivo em 2015 na gestão de Edgar Bueno (PDT). O voto representado pelo relator Damasceno Júnior (PSDC) acompanha um pedido de análise do Conselho de Economia, Finanças e Orçamento, que se posicionou pela reprovação dos gastos apresentados pelo ex-prefeito.
A decisão agora sobre a reprovação ou a aprovação das contas de Edgar Bueno depende do plenário, após a inclusão na ordem do dia, a qual só pode ser feita pelo presidente da Câmara, Gugu Bueno (PR). Ele já declarou que pretende iniciar essa discussão só depois do período eleitoral.
O parecer da Comissão de Redação e Justiça era o que faltava para liberar o processo.
Este ano, Bueno já teve as contas de 2013 reprovadas pelo Legislativo municipal e o caso tramita agora no TJ (Tribunal de Justiça).
Nas contas de 2015, a Comissão de Economia, Finanças e Orçamento considerou divergências no balanço patrimonial e da contabilidade, com R$ 32 mil negativos entre o ativo e o passivo; ausência de pagamento de aportes para cobertura de déficit atuarial do IPMC (Instituto de Previdência dos Servidores do Município de Cascavel) – faltando R$ 2,4 milhões, pagos em atraso, o que teria causado um prejuízo de R$ 22,2 mil -; e por último estão atrasos de obras e de serviços de engenharia.
O posicionamento do Ministério Público do TCE foi pela reprovação das contas, agora acompanhado pelas comissões permanentes da Câmara de Cascavel. Já os membros do TCE aprovaram com ressalvas.
A decisão da Câmara afetará os rumos políticos de Bueno e pode impedi-lo de disputar eventual eleição municipal em 2020.
Reportagem: Josimar Bagatoli
LEGENDA: Edgar Bueno corre risco de ter direitos políticos cassados
FOTO: ARQUIVO