Repúdio ao aumento da água
Os vereadores cascavelenses assinaram ontem moção de repúdio contra a Agepar (Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Infraestrutura do Paraná) sobre o aumento de 12% na tarifa da água e do esgoto. Os parlamentares querem que o governador Ratinho Júnior (PSD) reveja e impeça o reajuste. O movimento vem ganhando força de vereadores de todo o Estado. Olavo Santos, membro da Associação das Câmaras de Vereadores do Oeste, pretende mobilizar as cidades vizinhas para formar uma ação coletiva – também foram convidados Celso Dal Molin e Rômulo Quintino, ambos apurando os serviços e os custos de operação da água.
Caixa-preta
Diante de supostas contaminações, Fernando Hallberg cobrou que seja aberta a caixa-preta da Sanepar. “Não há justificativa para esse aumento. Sanepar é uma caixa-preta”. Olavo Santos criará um grupo para debater os contratos na região e pediu o apoio do prefeito Leonaldo Paranhos: “Que ele fique do lado da população e auxilie devido à boa relação com o governo”. Pela Câmara já há uma mobilização para a criação da CPI da Sanepar.
Ameaças
O presidente da Câmara, Alécio Espínola, disse em plenário que recebeu ligações em tons ameaçadores sobre a hipótese de municipalização da água. Não deu nomes, mas declarou que tal trabalho tem deixado muita gente descontente com o levantamento que ele está fazendo sobre cidades que adotaram o sistema próprio de água e que pode ser implantado em Cascavel. “Uma pessoa nervosa me ligou […] Também disseram para que eu esquecesse o assunto, pois em 2024 o contrato com a Sanepar seria renovado”, revelou Alécio.
Esgoto
Inconformado com as respostas, o vereador Jaime Vasatta falou no plenário sobre os constantes vazamentos de esgoto na subestação próxima ao Lago Municipal. A Sanepar alegou que houve rompimento de cano na Rua Treze de Maio – ao lado da subestação -, que, segundo a Companhia, está desativada. “Dá para acreditar?”, questiona o vereador.
Em Brasília
Pelas redes sociais, eleitores criticaram a viagem do vereador Josué de Souza a Brasília. O parlamentar faltou à sessão ontem e ficará até sexta-feira na Marcha dos Vereadores – evento que reúne parlamentares de todo o País. No caso da Capital Federal, o parlamentar tem direito a um reembolso de R$ 695 por dia.
Leis inúteis
Servidores e vereadores que integram a Comissão Especial para Revisão da Legislação Municipal se reúnem hoje. Será o primeiro encontro do ano para dar sequência ao trabalho iniciado ano passado para fazer um pente-fino na legislação. No foco estão as Adins (Ações Diretas de Inconstitucionalidade) e as leis de 1950/1960.