Rio de Janeiro – Depois de levar 600 atletas aos Jogos Pan-Americanos de Toronto, em 2015, o Brasil deve ter uma delegação expressivamente menor no Peru. O Pan de Lima será daqui a pouco mais de três meses e os cálculos do COB (Comitê Olímpico do Brasil) apontam que a delegação verde-amarela será formada por 492 esportistas.
Dependendo principalmente dos índices que vierem a ser obtidos no atletismo, o Time Brasil pode chegar a 500 nomes. Os números foram apresentados em evento realizado pelo COB na última terça (16), em celebração ao marco de 100 dias para o Pan.
Apesar da redução no número de atletas, causada principalmente pela ausência de diversas modalidades coletivas, o COB traça como meta repetir o terceiro lugar das últimas três edições dos Jogos: Rio 2007, Guadalajara 2011 e Toronto 2015.
“Precisa haver um olhar muito claro do que é o Pan e o que é a Olimpíada. O Pan tem algumas hegemonias regionais, em que alguns países conseguem se sobressair, que não se repete na Olimpíada. Meu olhar é sempre para os Jogos Olímpicos. No Pan a gente convive com uma realidade de modalidades não-olímpicas, algumas que a gente não tem nenhuma tradição”, comenta o diretor de Esporte do COB, Jorge Bichara.
Meta é Tóquio 2020
Por enquanto, o Brasil não tem meta de medalhas. Isso vai depender muito dos rivais Canadá e Estados Unidos, que estarão em Lima em algumas modalidades como atletismo e ginástica artística. Mais do que pódio, o COB quer que o Brasil aproveite o Pan para classificar o maior número possível de atletas para Tóquio 2020. “São 23 modalidades que estão oferecendo a possibilidade de conquistar vaga, seja por posição, por fazer ponto em ranking, ou por alcançar índice. Inegavelmente nosso foco maior está nas modalidades coletivas: no handebol e no polo aquático”, explica diretor de Esporte do COB, Jorge Bichara, citando as duas modalidades que dão vaga direta do Pan à Olimpíada.