LONDRES ? Intitulado “Mona Lisa”, o famoso retrato de Lisa Gherardini por Leonardo da Vinci é uma das obras de arte mais discutidas da história, principalmente por conta de sua expressão ambígua.
Mas, de acordo com um recente estudo da Universidade de Freiburg, na Alemanha, a resposta para a dúvida se ela está “triste” ou “feliz” é simples: sua expressão é, sem dúvidas, de alegria.
Doze participantes analisaram nove fotos em preto e branco de Mona Lisa: a original e oito versões manipuladas digitalmente na região da boca ? quatro faziam a modelo parecer mais feliz, e, as outras quatro, mais triste.
Após misturar as fotos e mostrá-las para cada participante 30 vezes, a equipe concluiu que a foto original era considerada feliz em 97% das avaliações.
“Nós estamos realmente espantados”, disse o neurocientista Juergen Kornmeier à agência AFP. “Dadas as descrições da arte e da história da arte, nós pensamos que a original seria a mais ambígua”.
Um segundo experimento também foi realizado, envolvendo oito versões “mais tristes” do retrato, com mudanças mais matizadas. Enquanto a original ainda era considerada “alegre”, eles descobriram que as fotos manipuladas foram consideradas ainda mais tristes do que antes.
“Nós não temos uma escala absoluta de felicidade e tristeza em nosso cérebro”, explicou Kornmeier. “Nosso cérebro consegue fazer muito, muito rapidamente uma análise da situação. Observamos o intervalo total, e depois adaptamos nossas estimativas”.
O neurocientista concluiu: Pode existir alguma ambiguidade em outro aspecto… Mas não existe ambiguidade no senso de alegria e tristeza”.