RIO ? A 56 dias do início dos Jogos Olímpicos Rio 2016, uma pichação em um dos muros do Maracanã condena o estupro coletivo sofrido por uma jovem de 16 anos no fim de maio. Próxima a um dos principais pontos turísticos do estádio ? a estátua do Bellini ? a inscrição “33 contra todas” faz alusão ao movimento de mulheres que saiu em defesa da menor violentada.
O Comitê Rio 2016, responsável pela gestão do estádio até o fim dos Jogos Paralímpicos em setembro, afirmou que a pichação já tinha sido observada pelos gestores do estádio e que a cobertura das marcas está prevista para os próximos dias.
O CASO
Uma adolescente de 16 anos foi vítima de um estupro coletivo no fim de maio no Morro da Barão, comunidade que fica na Praça Seca, na Zona Oeste do Rio. Entre dez e 12 homens violentaram a menor em dois momentos distintos. Sete suspeitos foram identificados e dois ? Raí de Souza, de 22 anos, e Raphael Assis Duarte Belo, de 41 ? estão presos. O jogador de futebol, Lucas Perdomo Duarte Santos, de 20 anos, também chegou a ser detido. No entanto, foi liberado por falta de provas contra ele.
Na quinta-feira, a Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (Dcav) identificou a primeirca casa onde esteve a adolescente antes dos crimes. A jovem está fora do estado no Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte (PPCAAM), do Ministério da Justiça. Ela deve ser ouvida novamente pela delegada Cristiana Bento, responsável pelas investigações, através de videoconferência.
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