Na negociação da delação premiada de Léo Pinheiro, há uma revelação destinada a fazer muito barulho. Atinge duas figuras que têm suas imagens ligadas umbilicalmente às questões da ética e da sustentabilidade uma, na política; a outra, no meio empresarial.
O ex-presidente da OAS se comprometeu com os procuradores a falar do caixa dois que, segundo ele, irrigou a campanha de Marina Silva à Presidência em 2010.
O pedido a Pinheiro foi feito por Guilherme Leal, um dos donos da Natura, candidato a vice-presidente de Marina naquela eleição.
Alfredo Sirkis, ainda de acordo com a delação do ex-presidente da OAS, acompanhava Leal quando a negociação foi fechada.
Oficialmente, ou seja, no caixa um, o TSE não tem registro de qualquer doação da empresa baiana para a campanha de Marina.
Marina e Leal negam
A ex-senadora Marina Silva (Rede) e o presidente da Natura e ex-candidato da vice-presidente na chapa de Marina Silva, Guilherme Leal, negaram nesta sábado que a campanha de 2010 tenha recebido recursos ilícitos, conforme relato do ex-presidente da construtora OAS, Adelmário Pinheiro, mais conhecido como Léo Pinheiro, durante negociação para acordo de delação premiada.