Cotidiano

'Todo mundo já foi alguma vez a Pulse', diz brasileiro

WASHINGTON – O brasiliense Thiago Zveiter conta que passou a manhã deste domingo ligando para seus amigos para saber se estou todos estavam bem. Ele conta que entre 2013 e 2014 chegou a frequentar a Pulse, mas que não vai muito ao local por não gostar muito de música latina.

Ele, que mora a poucos metros da Pulse, diz que há a sensação que poderia ser ele a vítima, o que muda a dimensão do impacto da notícia. Ele diz que o atirador poderia ter escolhido locais que ele frequenta mais, por exemplo.

– Ainda há algumas pessoas que não temos informação. Não sabemos se estão entre os mortos, os feridos, ou na polícia prestando depoimento. É uma situação muito chocante – disse ele, que mora na cidade.

Com 29 anos, Thiago afirma que a união das pessoas está forte. Ele conta que está vendo uma mobilização de toda a cidade em prol dos feridos e das famílias.

– Para os homossexuais, a boate é um espaço de afirmação de identidade e liberdade, a balada é onde podemos ser nós mesmos. Muitos dizem que pode ser uma tragédia com ligação com terrorismo, mas também é a mostra de como há um ódio tão forte contra um grupo que é uma minoria – disse ele, emocionado.

Sua mãe, Paula Mena Barreto, que também mora em Orlando, afirma que as pessoas estão muito abaladas, pois a cidade não é tão grande e quase todos conhecem alguma família de alguém que estava na Pulse. Ela explica ainda que diversas cidades da região estão organizando vigílias para o fim da tarde deste domingo.

– Mas não está confirmado nenhum ato ainda em Orlando por causa do estado de emergência.
É muito triste ver até onde pode ir o ódio das pessoas – disse.