Cotidiano

Atirador estava calmo ao ligar para a polícia de dentro da boate em Orlando

O número de vítimas foi revisado para 49

ORLANDO — A polícia americana relatou que o atirador que abriu fogo na boate gay Pulse durante a madrugada de sábado estava calmo quando telefonou para as autoridades. De dentro de um banheiro da casa noturna, Omar Mateen disse que tinha ligações com o Estado Islâmico (EI) e iniciou uma negociação com a polícia.

Nesta segunda-feira, autoridades afirmaram que 48 vítimas fatais do ataque já foram identificadas. O número de vítimas foi revisado para 49, para excluir do índice o atirador, que morreu em uma troca de tiros. Todos os corpos já foram removidos do local.

Mateen levou 15 reféns consigo para o banheiro da boate. Além disso, entre 15 e 20 outras pessoas estariam encurraladas em outro banheiro próximo. De lá, ele mesmo telefonou para a polícia.

— Ele não estava pedindo muito, nós estávamos fazendo a maioria do que ele pedia — disse o chefe de polícia John Mina à imprensa.

Segundo Mina, levar oficiais armados para dentro da boate foi uma decisão difícil. Porém, ele acredita que a medida, tomada quando autoridades perceberam que havia um risco iminente de mortes, salvou muitas vidas.

— Dúzias e dúzias de pessoas foram salvas quando fizemos a entrada oficial — complementou.

Para entrar no local, a polícia utilizou um caminhão blindado para abrir um buraco no prédio. Desta abertura, o atirador saiu disparando tiros. Foi então que teve início a troca de tiros entre Mateen e a polícia — que terminou na morte do atirador.

Após o incidente, a polícia deu início a um longo processo de remoção e reconhecimento das pessoas que estavam dentro da boate. No processo, investigadores recolheram uma série de evidências físicas e eletrônicas, que podem oferecer mais informações sobre o episódio.

Segundo investigadores, duas armas usadas na boate foram rastreadas e descobriu-se que elas realmente pertenciam a Mateen. A origem de uma terceira arma ainda está sendo investigada.

— Ainda não sabemos se alguém mais será acusado de conexão por este crime — afirmou o procurador Lee Bentley.