CARACAS – Dezenas de ex-presidentes latino-americanos e do governo da Espanha reiteraram apoio ao documento do secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, sobre a crise política e econômica na Venezuela.
No fim de maio, Almagro invocou a Carta Democrática Interamericana do bloco e publicou um extenso relato sobre o que classificou como uma crise institucional na Venezuela que exige mudanças imediatas nas ações do Poder Executivo.
Concordamos com você sobre a importância do diálogo, para que seja possível e real a cooperação coletiva da OEA na normalização democrática da Venezuela, assinalaram os 30 ex-dirigentes em carta aberta dirigida a Almagro.
Segundo o documento divulgado pela Iniciativa Democrática da Espanha e das Américas (Idea), a atuação do ex-chanceler uruguaio demonstra sua lealdade incorruptível para com os deveres que a liderança da OEA lhe exige. A carta foi entregue a Almagro pelos ex-presidentes Alejandro Toledo (Peru), Laura Chinchilla (Costa Rica) e Jorge Quiroga (Bolívia). O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foi um dos signatários.
Em Caracas, 300 detentos mobilizados pelo governo realizaram uma manifestação na frente do Ministério Público acusando a Mesa de Unidade Democrática (MUD), principal coalizão opositora no país, de fraude no processo de coleta das assinaturas para a realização do referendo contra Maduro.
Estou encontrando assinaturas e dados de prisioneiros que nunca poderiam ter assinado afirmou a ministra de Assuntos Penitenciários, Iris Varela, que registrou a queixa.
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) informou que as rubricas aprovadas devem ser validadas entre segunda e sexta da próxima semana.