ORLANDO – Uma semana após o massacre na boate gay Pulse, em Orlando, a população local voltou às ruas para homenagear as vítimas. “Não seremos derrotados”, disse em um tweet o chefe da polícia local, John Mina.
Pessoas com velas, bandeiras do arco-íris e símbolos pró-diversidade se reuniram num parque na cidade.
Além das vítimas, os serviços de defesa e segurança foram agradecidos por muitas pessoas que tiveram amigos, conhecidos ou parentes mortos.
Enquanto os EUA tentam determinar as motivações de Omar Mateen, que assassinou 49 pessoas no ataque, o funeral de uma das vítimas da chacina investigada como crime homofóbico foi alvo de uma manifestação contra o público LGBT. Mas quando o grupo, conhecido por discursos de ódio, tentou invadir no sábado o velório de Christopher Leinonen, em Kissimmee (a 30 quilômetros de Orlando), anjos da guarda barraram manifestantes com um cordão solidário.
Um pequeno grupo da Igreja Batista Westboro, no Kansas, conhecido por sua presença em funerais, juntou dezenas de pessoas nas ruas para a manifestação. No entanto, acabou impedido de chegar ao local por um cordão de cerca de 200 contramanifestantes vestidos de anjos da guarda. Eles fizeram silêncio por 45 minutos.
Só queríamos garantir que estaríamos dando o máximo de apoio possível e que eles encontrariam o máximo de opositores disse Wesley Wizner, que participou da reação.
Até a polícia de Orlando entrou na briga. Depois que a polícia tirou os manifestantes da Westboro da cena do funeral, foi isso que as pessoas fizeram: #OrlandoUnida, escreveu a instituição no Twitter.
Autoridades federais planejam divulgar hoje transcrições parciais de três conversas telefônicas de Mateen com a polícia durante o ataque. A procuradora-geral dos EUA, Loretta Lynch, falou em ato de terror e ódio ao comentar a perícia das falas e do histórico de Mateen.