Cotidiano

Suspeito de estupro coletivo diz em carta que vai se entregar à polícia

RIO – O suspeito de participar do estupro coletivo de uma adolescente de 16 anos no alto do Morro do Barão, na Praça Seca, na Zona Oeste do Rio, divulgou uma carta em que nega ser culpado do crime e diz que vai se entregar à polícia nesta quarta-feira. A carta de Raphael Assis Duarte Belo, de 41 anos, foi publicada pelo perfil do Facebook “Jacarepaguá Notícias RJ”.

No texto, o suspeito, que está foragido, sem dar detalhes, afirma que, ao passar por um beco na comunidade São José Operário, na Zona Oeste, encontrou uma casa abandonada, toda aberta, fedendo e com uma mulher nua dentro. Ele diz ainda que entrou com o amigo Raí de Souza na casa e que Raí então filmou a jovem deitada.

Ele descreve a jovem como uma “cracuda ou mendiga”. Segundo a carta, depois de filmar, os dois saíram da casa, sem encostar na adolescente. Raphael aparece em uma foto rindo e fazendo uma selfie com a jovem nua e desacordada atrás dele.

Dois suspeitos de participação do estupro foram presos na segunda-feira. Raí de Souza, de 22 anos, se entregou na Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (Dcav), no Centro. Já Lucas Perdomo Duarte, jogador de futebol que 'ficava' com a vítima, foi detido dentro dentro de um restaurante no Centro do Rio.

Além de Raphael, continuam foragidos: Marcelo Miranda Correa e Michel Brasil da Silva são suspeitos de divulgar o vídeo do abuso; Sérgio Luiz da Silva Júnior, o Da Russa, apontado como chefe do tráfico no Morro do Barão; e Moisés Camilo de Lucena, de 28. Este último só foi identificado na terça-feira pela polícia. Ele é o sétimo suspeito de participar do estupro coletivo e foi reconhecido pela vítima como sendo o homem que a segurava no momento em que ela despertou no quarto, conhecido como “abatedouro”.

Segundo a polícia, Moisés Camilo de Lucena, de 28 anos, conhecido como Canário, possui dez passagens por crimes como tráfico, roubo e porte ilegal de arma.