RIO – Na solenidade de posse do novo presidente da Petrobras, Pedro Parente, o presidente do Conselho de Administração da companhia, Nelson Carvalho, destacou a gestão de Aldemir Bendine à frente da estatal. Fez um breve histórico da gestão tanto de Bendine quanto do novo conselho de administração no último ano, lembrando a situação difícil em que a Petrobras se encontrava, sem conseguir publicar o balanço de 2014, e que hoje está com um fluxo de caixa positivo de US$ 100 bilhões.
Carvalho destacou também que a Petrobras conseguiu evitar interferência na sua política de preços dos combustíveis e não aceitou indicações políticas para seus cargos. E afirmou que inicia seu novo mandato como presidente do conselho com chave de ouro com a chegada de Parente.
O novo mandato no conselho começa com chave de ouro com a estatura profissional de Pedro Parente afirmou Carvalho.
Estão presentes no evento o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho, o governador em exercício do Rio, Francisco Dornelles, além de inúmeros executivos do setor de petróleo e energia, e empresários do setor privado.
PRESIDENTE DO IBP: ESPERANÇA
Jorge Camargo, presidente do Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP) está esperançoso com o novo presidente da Petrobras. Ele descreve Pedro Parente como um dos mais competentes gestoras que conhece.
Parente geriu a crise de energia no país, em 2001. Como conselheiro da Petrobras, era sempre o mais preparado. Está afinado com a agilidade do novo governo federal, que já deu sinais importantes para a recuperação do setor de óleo e gás.
Ele destacou a posição do governo federal de mexer no marco regulatório do petróleo, liberando a Petrobras da obrigação de atuar como operadora única do pré-sal.
A liberação da Petrobras da operação única (do pré-sal) vai depender da aprovação do Congresso, mas é um sinal muito importante para o mercado. Vai permitir fazer leilões com certa rapidez destacou Camargo.
A atual agenda do governo interino de Michel Temer, destacou ele, favorece a retomada do investimento privado no país.
É uma forma de usar o setor de óleo e gás para alavancar a economia do país disse o presidente do IBP.
O projeto em tramitação na Câmara, já tendo sido aprovado pelo Senado, e deve ser apresentado até meados de julho, diz Camargo. Se aprovado, segue direto para sanção presidencial. Caso contrário, terá de retornar ao Senado para modificações.
Ele destacou que o investimento previsto para este ano em produção e exploração de petróleo e gás no Brasil é de US$ 20 a US$ 25 bilhões.
É muito baixo. O Brasil tem potencial para ter ao menos 10% do investimento mundial no setor, que está em US$ 700 bilhões.