Cotidiano

EUA ignoram acordo e consideram Irã maior financiador do terrorismo

WASHINGTON – Apesar de longos esforços diplomáticos terem levado EUA e Irã a negociarem com potências internacionais um acordo de redução significativa do programa nuclear do país persa, Washington acusou Teerã nesta quinta-feira de continuar líder mundial do apoio estatal ao terrorismo. Mesmo com o pacto firmado em 2015, o Irã realizou uma série de testes com mísseis balísticos, proibidos pela ONU, e continua a apoiar grupos como o radical xiita Hezbollah.

Numa estatística divulgada pelo Departamento de Estado, com base em investigações sobre ataques terroristas e financiamento a grupos extremistas, o órgão voltou a indicar o país como o maior financiador de grupos extremistas, além de treinar e equipar grupos como o Hezbollah e o governo sírio de Bashar al-Assad, considerado extremista pelos EUA.

Síria e Sudão são apontados após o país como financiadores. Quem sai da lista desta vez é Cuba, numa etapa que marcou definitivamente o degelo entre Washington e Havana. Países que integram a lista sofrem severas sanções econômicas do governo americano, ficando isolados dos principais centros financeiros mundiais.

O Irã, apesar do acordo nuclear que é tratado como peça fundamental para diminuir as ameaças de agressão regional, continuou a fazer testes proibidos, e alas mais radicais do país ameaçaram os próprios EUA, Israel e a Europa. O país é também citado por financiar radicais no Bahrein e o palestino Hamas, além do grupo xiita Houthi, que tem levado o Iêmen a um princípio de guerra civil.

Países como Afeganistão, Paquistão, Iraque, Somália, Líbia e Síria, além de partes da Colômbia e da Venezuela, como áreas “onde terroristas tem livre passagem”.