
Denúncia oferecida pela Procuradoria da República no Rio acusa Samir, juntamente com o irmão e outras nove pessoas de montar um caixa dois de empreiteiras para permitir o pagamento de quase R$ 178 milhões em suborno, entre 2008 e 2013, a dirigentes da Eletronuclear. De acordo com a denúncia, o núcleo financeiro comandado pelos irmãos Adir e Samir, que seriam conhecidos no mercado da propina por ?quibe e esfirra?, operou para pelo menos três grandes empreiteiras, a Andrade Gutierrez, a Delta e a Odebrecht, em obras como a construção da usina nuclear de Angra 3, a reforma do Complexo do Maracanã para a Copa do Mundo de 2014 e a implantação do Comperj, o pólo petroquímico de Itaboraí.
A denúncia aprofundou as investigações sobre o esquema de corrupção nas obras da Eletronuclear. Samir já fora preso em duas oportunidades. Em março de 2015, acusado de lavar dinheiro e desviado R$ 40 milhões das obras de reforma da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), no Paraná, e em junho deste ano, por envolvimento no esquema de caixa dois da empreiteira Delta, estimado em R$ 360 milhões.