Curitiba O líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Luiz Claudio Romanelli, confirmou ontem a retirada de pauta da proposta de emenda à LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) encaminhada pelo Palácio Iguaçu e que gera nova mobilização do funcionalismo público estadual.
A decisão, válida até que o Congresso concluía a votação da PEC de limite dos gastos públicos, foi tomada em atendimento a um ofício do próprio governo, encaminhado também aos sindicatos de servidores, que na quarta-feira deliberaram pela realização de nova greve a partir da próxima segunda-feira por não concordarem com a suspensão do reajuste proposta sob a alegação de que a situação financeira do Estado não permite honrar todos os compromissos firmados ainda em 2015.
A lei, na verdade, foi feita de forma unilateral pelo Estado e tocada em frente. A data-base é um direito do servidor, assim como a promoção e a progressão. Está se buscando uma equação que permita ao Estado poder pagar os seus compromissos em dia e, ao mesmo tempo, tocar em frente uma generosa política de valorização de pessoal que o governador Beto Richa empreendeu desde o início da gestão, explicou Romanelli.
SEM DINHEIRO
A suspensão da tramitação abre um importante canal de diálogo com o funcionalismo, mas não garante a solução do impasse. Segundo o próprio Romanelli, o governo mantém a disposição de saltar as progressões e promoções antes do reajuste e não garante a retirada da proposta como pretendiam os servidores. Custa R$ 1,4 bilhão para pagar as promoções e progressões. A data-base custa R$ 2,1 bilhões. O secretário da Fazenda alertou que o dinheiro disponível é R$ 1,4 bilhão, detalhou.