Cotidiano

Temer comemora recuo da inflação e espera queda natural dos juros

ESTEIO, Rio Grande do Sul – A queda de quatro pontos na inflação desde que assumiu o governo, há cerca de oito meses, não será o suficiente para Michel Temer. Ao menos, foi o que o peemedebista disse em Esteio, no Rio Grande do Sul, durante cerimônia em que entregou 61 ambulâncias para a renovação da frota do SAMU a prefeitos gaúchos na manhã desta segunda-feira. A diminuição do índice ? de 10,70% no período de Dilma Rousseff para os atuais 6,70% do novo comandante do Executivo ? foi um dos pontos destacados pelo presidente em meio ao discurso que enalteceu as obras de seu mandato.

? Quando chegamos no governo, a inflação prevista era de 10,70%. Nós estamos entregando, o ano passado, com 6,70%. Portanto, baixamos quatro pontos na inflação em seis meses. A inflação foi controlada. Os juros começaram a cair. E é claro que eu não quero dar palpite nessa área, que é uma área muito delicada, mas certa e seguramente, com a inflação caindo, naturalmente os juros irão cair ? apontou Michel Temer.

De acordo com o mandatário, a responsabilidade em baixar as taxas de juros deve ser comemorada não apenas pelo governo federal, mas por estados e municípios. Números mais enxutos significam mais investimentos e incentivo à produção, defendeu o presidente. Temer disse que deseja que seu governo seja lembrado, daqui a dois anos, como aquele que realizou grandes reformas no país.

O presidente citou, entre elas, a da Previdência e das relações trabalhistas. Como forma de atingir a população de baixa renda, ele enfatizou o programa Cartão Reforma, lançado há poucos meses pelo governo federal.

? Temos de enfatizar dois vetores: a responsabilidade fiscal, que é o teto de gastos, a reforma da Previdência, as relações trabalhistas, e a responsabilidade social, porque temos um país com pessoas ainda muito pobres ? sustentou Temer. ? A reforma da Previdência já foi encaminhada ao Congresso Nacional e já ganhou admissibilidade na Comissão de Constituição e Justiça. A modernização da reforma trabalhista, da legislação trabalhista, já está ajustada e vai de comum acordo para o Congresso Nacional – emendou o presidente.

Outras reformas estão previstas pelo governo. Uma delas será do Sistema Tributário, a fim de que se possa atingir, segundo Temer, “uma revisão do pacto federativo”, para que “a todo momento, estado e município, não tenham que comparecer na União de pires na mão” para pedir recursos.

(*Especial para O GLOBO)