Cotidiano

Marcelo Calero será o secretário nacional de Cultura, diz GloboNews

RIO ? Marcelo Calero será o secretário nacional de Cultura, segundo informações da Globonews. O diplomata de 32 anos ocupou em fevereiro a Secretaria de Cultura do município do Rio, após trabalhar como presidente do Comitê Rio450.

O cargo se tornou uma das maiores dores de cabeça do governo Temer, após fortes reações do meio contra a extinção do Ministério da Cultura, transformado em uma secretaria do Ministério da Educação como parte da reestruturação do novo governo. Além disso, as críticas ao ministério formado apenas por homens levou a procura de uma mulher para ocupar o cargo de secretária de Cultura. O convite, no entanto, já teria sido negado por pelo menos cinco mulheres: Marília Gabriela, Cláudia Leitão, Eliane Costa, Bruna Lombardi e Daniela Mercury.

A princípio, a Secretaria ficaria vinculada ao PPS. Nomes do partido, como Roberto Freire e Stepan Nercessian haviam sido cogitados para ocupar a pasta. Depois que a nova administração recebeu críticas por não ter nenhuma mulher entre os ministros, achar uma “representante do mundo feminino”, nas palavras de Temer, passou ser encarado como uma das prioridades. Especulou-se que a apresentadora Marília Gabriela e Adriana Rattes, ex-secretária de Cultura da gestão de Sérgio Cabral no Rio, também tenham sido convidadas.

Já Cláudia Leitão, ex-secretária de Cultura do Ceará entre 2003 e 2006, foi ao Facebook expor a negativa: “Respondi com um sonoro ‘não’! Espero que nenhuma mulher aceite esse convite e dessa forma não contribua para a transfiguração do MinC num apêndice do MEC”, escreveu.

Eliane Costa, Consultora de projetos culturais e coordenadora de curso de pós-graduação da Fundação Getúlio Vargas, também usou a rede social para se manifestar. “Acabo de ser sondada para a tal Secretaria de Cultura que pretende substituir o Ministério da Cultura. Como a sondagem foi feita por pessoa do meio cultural por quem eu tenho respeito, não pude me aprofundar na resposta. Disse apenas que não trabalho pra governo golpista”, disse.