Nada conseguiria estragar o clima do vestiário do Vasco após a vitória sobre o Vila Nova por 2 a 0, na noite de terça-feira, no estádio Mané Garrincha. Nem mesmo uma confusão envolvendo o volante Diguinho, levado à delegacia após se desentender com um policial. O técnico Jorginho só tinha olhos para a sequência de invencibilidade vascaína, que chegou a 30 jogos.
— Tudo começou no dia 17 de agosto, quando assumi o comando do time. Uma equipe que quer títulos e levar jogadores para a seleção brasileira precisa ter regularidade, e isso está acontecendo aqui no Vasco — avaliou o treinador.
O meia Nenê, como de costume, foi o destaque do Vasco na partida em Brasília. Foram dele os dois gols que garantiram o 30º jogo seguido sem derrota do clube carioca, que fica agora a apenas uma partida de igualar sua maior série invicta: as 31 partidas sem perder em 1977.
— A partida do Nenê foi realmente excepcional, com muita qualidade. Quero ressaltar a condição física, é algo maravilhoso. A minha preparação está fazendo um trabalho excelente. Podemos observar jogadores como o Nenê, Jorge Henrique e Júlio César correndo bastante, mantendo o nível de atuação desde o início do jogo — destacou Jorginho.
DIGUINHO É LEVADO PARA DELEGACIA
A nota triste da noite veio após o apito final. Diguinho ficou inconformado por ser expulso quando tentava apartar uma confusão entre Nenê e o meia Jean Carlos, do Vila Nova. A confusão se estendeu até a porta dos vestiários. Segundo a polícia, Diguinho tentou furar o bloqueio dos policiais que protegiam o trio de arbitragem e deu dois socos que atingiram o lábio de um policial.
O volante do Vasco foi levado à 5ª DP, na Asa Norte, em Brasília, onde prestou depoimento por 30 minutos e depois foi liberado. De acordo com informações do “Globoesporte.com”, o Relatório de Ocorrência fala em “lesão corporal leve”. Diguinho foi à delegacia em um carro particular, acompanhado pelo assessor especial da presidência do Vasco, Ricardo Vasconcellos.