BRASÍLIA – Os bancos brasileiros voltaram a aumentar os juros cobrados das famílias. De acordo com os dados divulgados nesta segunda-feira pelo Banco Central, a taxa média cobradas de pessoas físicas subiu de 71% ao ano para 71,7% no mês passado. É a mais alta já registrada pelo BC nos empréstimos com crédito livre, ou seja, sem levar em consideração os financiamentos de casa própria.
A alta ocorre apesar da estabilidade da taxa básica de juros. No caso do cheque especial, a taxa média cobrada pelos bancos quebrou novo recorde. Subiu de 308,7% ao ano para 311,3% ao ano. É a maior dos últimos 22 anos. O juro do rotativo do cartão de crédito teve um salto ainda maior: de 452,4% ao ano para 471,3% ao ano. Também a mais alta da série histórica.
Os bancos aproveitaram para cobrar mais de quem está disposto a renegociar as dívidas. Os juros médios nesse tipo de modalidade aumentou de 54,7% ao ano para 56% ao ano.
Essas elevações são vista num momento em que a inadimplência das famílias tem mostrado estabilidade. No mês passado, apenas o nível de calote em crédito livre subiu levemente de 6,2% para 6,3%. Foi o primeiro movimento desse percentual, que estava estável desde dezembro do ano passado.