JOANESBURGO ? O presidente sul-africano, Jacob Zuma, foi ordenado a pagar US$ 510 mil pelas reformas em sua residência de Estado, disse em nota o Tesouro Nacional nesta segunda-feira. Ele já havia sido condenado a restituir verbas após ter utilizado fundos estatais para melhorias em Nkandla ? como uma piscina e em um anfiteatro ? em uma obra de US$ 24 milhões. O escândalo político se tornou uma ameaça à liderança do presidente.
Em abril, Zuma negou que tenha agido de má fé em um comunicado à nação. Na sua residência, a construção de uma piscina, um curral, um galinheiro, um anfiteatro e aposentos para visitantes foram consideradas obras supérfluas, pois não eram melhorias na segurança de Nkandla.
? Eu quero enfatizar que eu nunca consciente ou deliberadamente agi para violar a Constituição ? disse o presidente. ? Qualquer ação que tenha sido encontrada contra a Constituição aconteceu por causa de um aconselhamento jurídico diferente.
Em seguida, Zuma se desculpou pela frustração e pela confusão causadas pelo escândalo, um dia após a Suprema Corte da África do Sul ter ordenado que ele deveria, pessoalmente, restituir o dinheiro ao país.
? Eu peço desculpas em meu nome e no nome de meu governo. Exorto todas as partes a respeitar o julgamento e a cumpri-lo ? complementou. ? Eu recebo o julgamento sem reservas.
O recorde de desemprego e uma iminente recessão aumentam o descontentamento popular com a liderança de Zuma. No entanto, ele resistiu ao impeachment e se manteve no poder com o respaldo do seu partido, Congresso Nacional Africano (ANC), que domina o governo desde 1994.